Na tarde de ontem, movimentos sindicais e a Juventude do PT participaram de manifestação pela saída de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) da Presidência da Câmara dos Deputados. Enquanto o processo de cassação de Cunha era avaliado no Conselho de Ética da Casa, em Brasília, o movimento em Fortaleza distribuía panfletos de militância contra ele.
Coordenado principalmente pela Central Única de Trabalhadores (CUT), o protesto se repetiu em outras partes do País, como no Rio de Janeiro, reduto eleitoral de Eduardo Cunha.
Os manifestantes pediam também a permanência da presidente Dilma Rousseff (PT), que passa por processo de impeachment. Segundo eles, as tentativas de tirá-la do poder se configuram como “golpe”.
A manifestação chegou a ocupar mais de um quarteirão no bairro Dionísio Torres. O trânsito foi bloqueado da Praça da Imprensa, ponto de partida, até a Assembleia Legislativa. Carros de som puxavam a multidão que segurava cartazes e bandeiras.
O professor Rafael Braga, de 26 anos, faz parte do grupo de jovens do PT. Ele diz que é importante se manifestar para explicar a real situação do impeachment para a população.
“O impeachment não foi um ato jurídico ou político, mas uma vingança de Eduardo Cunha. Estamos tentando chegar às pessoas para esclarecer, mas há uma aversão generalizada aos políticos”, conta.