Tasso acompanhou na Câmara a posse de Raimundo Nonato Gomes na secretaria sindical do PSDB
FOTO: MAURI MELO
O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) afirmou ontem que o PSDB não está pronto para apoiar um possível governo do vice-presidente Michel Temer (PMDB), caso a presidente Dilma Rousseff (PT) deixe o cargo. “Temos que discutir, sentar e conversar, não podemos simplesmente cruzar os braços e ignorar o que está acontecendo”. O senador também disse que o apoio a Temer não foi discutido pela sigla tucana. “Pra qualquer que venha a ser uma solução, nós temos que fazer um acordo em torno de medidas que precisarão que ser tomadas, e em torno delas tem de haver um consenso partidário”, afirmou.
As declarações foram dadas em entrevista durante evento do PSDB do Ceará em Fortaleza. Tasso também fez críticas ao governo de Dilma Rousseff (PT) e disse duvidar que ele dure por mais três anos. Segundo o senador, o Brasil é como um “barco à deriva” e que os erros do governo só fazem afundar ainda mais.
Pleito de 2016
Com relação a disputa eleitoral do próximo ano em Fortaleza, ele disse que a sigla tucana deverá ter candidato à Prefeitura. É o que desejam Tasso e o presidente da sigla no Estado, Luiz Pontes. “Nós estamos conversando bastante com o Capitão Wagner, ele é um quadro importante, e quem sabe?”, pondera o senador sobre possibilidade apoio ao deputado estadual, pré-candidato pelo PR. Em conversa com O POVO, o presidente do PSB no Ceará, Roberto Pessoa, ex-colega de partido de Wagner, declarou que ele havia dito que não iria ingressar na sigla tucana.Pontes, no entanto, não negou a possibilidade. “Nós tanto podemos apoiá-lo, como, se ele manifestar o desejo de vir para cá, posso garantir que, pelas conversas que tive com ele, será bem-vindo”, diz. Conversa com o deputado estadual Heitor Férrer (PDT-CE), que planeja disputar cargo pelo PSB, também foi confirmada por ambos.
Entre os nomes, segundo Pontes, estão os deputados federal e estadual, Raimundo Gomes de Matos e Carlos Matos, respectivamente. O arquiteto Paulo Angelim, que organizou as manifestações anti-governo em Fortaleza, também é das possibilidades, como “jovem liderança”.