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Quinta, 19 Fevereiro 2015 06:24

Coluna Política

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  O PT na mira de Roberto Cláudio Na coluna do último dia 11, mencionei os movimentos articulados entre Prefeitura de Fortaleza e Governo do Estado com vistas à montagem do palanque para a eleição na Capital em 2016 (leia acessando o link: http://bit.ly/op021). Ações para atrair potenciais adversários, neutralizar os opositores mais perigosos, assegurar tempo de rádio e televisão foram desencadeadas. As escolhas de Júlio Brizzi (PDT) para a Coordenadoria de Juventude e de Jaime Cavalcante (PP) para secretário da Educação, ambos na Prefeitura de Fortaleza, e de Evandro Leitão (PDT) para líder do governo e de Guilherme Sampaio para secretário estadual da Cultura, no âmbito do Estado, foram as movimentações bem-sucedidas. Mas houve outras, que não tiveram êxito, mas que seriam talvez ainda mais estratégicas. E que não deixam dúvidas sobre o alvo principal da estratégia governista: atrair o PT, hoje na oposição municipal. Há algumas semanas, o vereador Acrísio Sena foi procurado por Eudoro Santana, pai do governador Camilo Santana (PT), presidente do Instituto de Planejamento de Fortaleza (Iplanfor) na Prefeitura. E que, na campanha de 2012, deixou o PT para apoiar Roberto Cláudio, enquanto o filho permaneceu petista. Eudoro sondou cenários e acenou ao vereador com a indicação para uma secretaria municipal. Poderia ser o próprio Acrísio ou alguém da confiança dele. A proposta foi recusada, mas ficaram abertos os canais para conversas. No âmbito estadual, o governador Camilo Santana (PT) convidou, em janeiro, Elmano de Freitas (PT) para ser líder do Palácio da Abolição na Assembleia Legislativa. Diante da recusa, a opção foi pelo pedetista Evandro. As duas investidas sobre o PT visam minar realmente todas os apoios a Luizianne Lins dentro da sigla. Acrísio já foi bastante próximo à ex-prefeita. Hoje é visto como alguém que mantém algum trânsito – não muito – junto ao grupo da ex-prefeita, mas que também estabeleceu pontes com os setores petistas mais próximos ao governo municipal e ao estadual. É visto como um canal possível de aproximação pelos apoiadores de Roberto Cláudio. Embora, hoje, ele diga a interlocutores que não há nem ambiente político para o PT ocupar cargos na gestão Roberto Cláudio. Elmano é, dentre os petistas com mandato, o mais próximo a Luizianne. Segundo integrantes tanto do PT quanto do Pros, ao recusar o convite para ser líder, ele assegurou ao governador que daria todo apoio na Assembleia ao governo do correligionário, mas sem assumir a função. O convite a Elmano reprisa, de certa forma, o que Cid Gomes (Pros) fez ao iniciar seu segundo mandato, em 2011. As relações com Luizianne Lins já estavam, de certa forma, estremecidas. E o hoje ministro da Educação escolheu Antonio Carlos de Freitas para seu líder. Ele consultou Luizianne e resolveu aceitar, diante da conjuntura de então. Era suplente e assumiria vaga na Assembleia Legislativa diante da licença de deputados estaduais que viraram secretários de Estado. Trazia para perto de si, desse modo, um braço direito da ex-prefeita. Porém, quando veio o rompimento, Antonio Carlos ficou com a petista. O mesmo caminho havia sido adotado por Cid com seu primeiro vice, Francisco Pinheiro (PT). O companheiro de chapa do então governador havia sido indicado por Luizianne, mas acabou se afastando dela e se tornando mais próximo do Palácio. Também ao montar seu governo, Cid escolheu Nelson Martins para líder – era o deputado estadual petista com potencial mais crítico em relação ao Executivo. A ponto de, no dia em que foi convidado, terem saído no O POVO declarações dele com questionamento à montagem do secretariado, que tinha presença do PSDB. Agora, as duas iniciativas não emplacaram. Deu certo a movimentação para levar Guilherme ao governo, mas os aliados de Luizianne demonstram confiança de que o secretário estadual da Cultura não sairá da posição de líder da oposição para defender a reeleição de Roberto Cláudio. De todo modo, ficou a sinalização tanto a Acrísio quanto a Elmano. E a certeza política de que haverá novas investidas. Porém, não será nada fácil evitar que o PT tenha candidato. Nem adianta o grupo do governador fazer novas filiações. Será necessário mudar a correlação de forças existente entre os dirigentes que estão hoje no partido. A coluna voltará ao assunto. GOVERNO MUDAÉ esperado que cheguem hoje à Assembleia Legislativa ao menos as primeiras mudanças que o governador Camilo Santana (PT) fará na administração estadual. Uma das primeiras deverá ser a criação da coordenadoria voltada para movimentos sociais, que a coluna noticiou no último dia 11 (leia acessando o link: http://bit.ly/1vzTyNU). Dentro da reforma, também será criada a Secretaria de Relações Institucionais, que ficará com Danilo Serpa. E os conselhos de Desenvolvimento Econômico e de Políticas e Gestão do Meio Ambiente serão transformados em duas secretarias. A de Desenvolvimento Econômico será comandada por Nicolle Barbosa. A de Meio Ambiente, por Arthur Bruno. Camilo também precisará concluir as nomeações para seu segundo escalão. O governo encerra a fase de montagem. Precisará começar a mostrar ação.
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