Sérgio comandou negociações
FOTO: MÁXIMO MOURA/AL
Os deputados da Assembleia Legislativa do Ceará oficializaram, ontem, a formação de 17 das 18 comissões permanentes. O aspecto consensual na pré-formação dos grupos foi evidente durante a votação: houve apenas duas disputas externas. A falta de relação entre temática e presidente eleito se repetiu em comissões como Direitos Humanos, Educação, Defesa Social e Constituição.
O momento da votação das comissões foi um ato mais protocolar do que capaz de alterar as estruturas feitas pelas articulações políticas e pelo critério de proporcionalidade entre partidos, determinado no Regimento Interno da Casa. Houve disputa externa apenas para a presidência da Comissão de Direitos Humanos e para a vice-presidência de Defesa Social.
Presidências
Renato Roseno (Psol), que tem trajetória política ligada aos direitos humanos, disputou a presidência da comissão com o administrador Zé Aílton Brasil (PP), mas obteve apenas um voto, entre os cinco integrantes. Também com atuação no tema da comissão que integra, Capitão Wagner (PR) disputou a vice-presidência de Defesa Social com Evandro Leitão (PDT), mas só recebeu o próprio voto. A presidência ficou com o empresário Robério Monteiro (Pros). Tomaz Holanda (PPS) ainda saiu em defesa de Wagner, dizendo que a experiência na área “daria qualidade” ao grupo, mas não teve apoio.
Na comissão de Educação, o ex-secretário da Educação de Fortaleza, Elmano de Freitas (PT), ficou com a vice-presidência, enquanto o médico e ex-líder do governo, José Sarto (Pros), foi eleito presidente. Na Constituição, Justiça e Redação, o presidente e vice reeleitos foram os médicos Antônio Granja e Wellington Landim, ambos do Pros.
“A gente levou uma pancadinha por não ser especializada em direitos humanos, mas quero dizer que não sou especializada em meio ambiente também. Quem votou em mim foi pela pessoa que sou”, disse Dra. Silvana, presidente do Meio Ambiente e Desenvolvimento do Semiárido.
O 1° secretário da Mesa Diretora, Sérgio Aguiar (Pros), que acompanhou todo o processo de estruturação das comissões, afirmou que a Casa seguiu os critérios de proporcionalidade entre os partidos. Ele frisou que, apesar de partidos como Psol e PR terem poucos deputados, houve a preocupação em manter os parlamentares em comissões relacionadas a trajetórias políticas.
SERVIÇO
Assembleia Legislativa
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Saiba mais
A votação começou antes das 9 horas – horário normal do início das sessões – teve uma pausa às 10 horas para ser aberta a sessão ordinária, que começou com 40 minutos de atraso. A votação foi retomada por volta do meio-dia.
O Pros, partido de maior bancada, foi o que maior número de presidência, 6; seguido por PMDB com 3. PTN, PT, PCdoB, PP, PEN, PRP, PSC, PDT e PSD ficaram com uma presidência.
Das 18 comissões, 10 são presididas por deputados recém-eleitos.
Deputados de oposição, como Fernanda Pessoa (PR), Capitão Wagner (PR), Tomaz Holanda (PPS) e Renato Roseno (PSol) prometeram cobrar a atuação das comissões nos trabalhos da Casa.
Comissões
Orçamento, Finanças e Tributação
Presidente: Júlio César Filho (PTN),
Fiscalização e Controle
Presidente: Jeová Mota (PROS)
Ciência, Tecnologia e Educação Superior
Presidente: Carlos Felipe (PCdoB)
Cultura e Esportes
Presidente: Gony Arruda (PSD)
Desenvolvimento Regional, Recursos Hídricos, Minas e Pesca
Presidência: Laís Nunes (Pros)
Defesa do Consumidor
Presidente: Odilon Aguiar (Pros),
Educação
Presidente: José Sarto (PROS)
Constituição, Justiça e Redação
Presidente: Antônio Granja (Pros)
Agricultura
Presidente: Moisés Braz (PT)
Defesa Social
Presidente: Robério Monteiro
Direitos Humanos e Cidadania
Presidente: Zé Ailton Brasil (PP)
Indústria, Comércio, Turismo e Serviços
Presidente: Bruno Gonçalves (PEN)
Meio Ambiente e Desenvolvimento do Semiárido
Presidente: Dra Silvana (PMDB)
Trabalho, Administração e Serviço Público
Presidente: Agenor Neto (PMDB)
Viação, Transporte e Desenvolvimento Urbano
Presidente: Heitor Férrer (PDT)
Infância e Adolescência
Presidente: Bethrose (PRP),
Juventude
Presidente: Bruno Pedrosa (PSC)