Às vésperas de completar meio mês de governo, gestão Camilo Santana (PT) ainda não conseguiu imprimir ritmo próprio em órgãos centrais do Estado. Ainda sem definições de indicados para o segundo escalão, empresas e entidades públicas seguem com cúpulas interinas, sem previsão para posse de dirigentes. Enquanto isso, pastas vivem clima de expectativa e de “transição prolongada”.
LEIA TAMBÉMPT e Pros devem perder espaço em 2º escalãoArtur Bruno assume hoje secretaria; Inácio Arruda e Pe. Zé adiam posseNa tarde de ontem, O POVO visitou sedes de dois órgãos do segundo escalão: a Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh) e a Superintendência de Obras Hidráulicas do Estado (Sohidra). Com perspectiva de nova seca em 2015, as entidades ainda têm rotina marcada pela expectativa de anúncio de seus novos dirigentes.
Assessorias de ambos os órgãos afirmam que atividades seguem funcionando normalmente. Entre cargos de confiança, permanecem na função apenas supervisores de núcleos de obras. Já núcleos decisórios estão exonerados desde 1º de janeiro. Procurados pela reportagem, presidentes interinos reafirmaram que pastas ainda passam por “transição” e se recusaram a dar entrevistas.
Leão Montezuma, titular da Sohidra durante final do governo Cid Gomes (Pros), também negou entrevista e reforçou que não responde pela pasta desde início de janeiro. Na recepção do órgão, ninguém soube informar quem estaria efetivamente respondendo pela pasta. Já a Cogerh segue comandada por João Lúcio Farias, funcionário de carreira e Diretor de Planejamento da Cogerh.
Outros órgãos de segundo escalão, como o Departamento Estadual de Trânsito (Detran), Escola de Saúde Pública, Superintendência do Meio Ambiente (Semace), Empresas de Portos, Metrofor, Agência Reguladora do Estado (Arce) e órgãos ligados à agricultura e ao desenvolvimento agrário (Adagri, Idace, Ematerce e Ceasa), entre outros, seguem em ritmo semelhante.
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Nos últimos dias, Camilo Santana tem se reunido com deputados estaduais eleitos, secretários e lideranças partidárias para definir seu novo escalão. Nomes seguem, no entanto, sem qualquer definição. Com grupo de titulares onde se destacou perfil político, é esperado padrão mais “técnico” para secretários adjuntos e dirigentes de órgãos estaduais.
Apesar disso, ainda é grande lista de aliados que “cobram fatura” do apoio prestado a Camilo nas urnas. Com coligação de 18 partidos, o petista ainda precisa contemplar grande número de aliados na gestão. Legendas como o PRTB, PV ou PEN, por exemplo, não emplacaram nomes no primeiro escalão da gestão.
Entre o segundo escalão do governo petista, apenas comando dos órgãos de Segurança Pública foram anunciados, até agora.
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