Durante este mês, parlamentares de todo o Brasil estão de férias - inclusive os suplentes que assumiram os mandatos
FOTO: WILSON DIAS/ABR
Um total de 41 suplentes - um de senador e 40 de deputado federal - receberão por um mês de mandato em janeiro, apesar de o Congresso Nacional estar de recesso até o mês de fevereiro.
As vagas surgiram com a renúncia ou licença dos políticos para assumirem como governadores de estado, ministros e secretários estaduais no último dia 1º.
No Ceará, a situação se repete. Vários parlamentares - entre eles dois federais e um senador - tiveram de se afastar dos mandatos para assumirem postos no governo Camilo Santana (PT).
Os chamados parlamentares-tampão ficarão nas casas legislativas até o início da nova legislatura, quando tomarão posse os eleitos em outubro do ano passado.
Cada deputado federal terá direito a um salário de R$ 33,7 mil, a um auxílio-moradia no valor de R$ 3,8 mil e a um reembolso de gastos com a atividade parlamentar - varia de R$ 28 mil a R$ 41,6 mil, dependendo do Estado.
Os deputados estaduais seguem a regra dos federais, recebendo 75% da remuneração dos representantes em Brasília e não têm auxílio-moradia.
Os salários e ajudas-de-custo dos parlamentares serão distribuídos sem que nenhum deles trabalhe, já que em janeiro os legislativos não debatem nem votam nada.
Quem saiu
No plano federal, saíram nomes como os dos hoje governadores Rui Costa (PT-BA), Renan Filho (PMDB-AL) e Reinaldo Azambuja (PSDB-MS).
No Ceará, o senador Inácio Arruda (PCdoB) assumiu como secretário de Ciência e Tecnologia, o deputado federal Artur Bruno (PT) foi para o Meio Ambiente e Zé Linhares (PP) é presidente do Conselho de Educação.
Da Assembleia Legislativa, Mauro Filho (Pros) voltou para a Secretaria da Fazenda (Sefaz); Dedé Teixeira (PT) assumiu a pasta de Desenvolvimento Agrário; Mirian Sobreira (Pros)foi para a Política sobre Drogas; Ivo Gomes (Pros) foi para a Secretaria das Cidades; Osmar Baquit (PSD) é hoje titular da Pesca e Nelson Martins (PT) assumiu a Controladoria.
Renúncias
Entre os deputados federais-tampão, um renunciou ao direito de assumir o mandato. Trata-se do suplente por São Paulo Walter Feldman (PSB).
Eleito pelo PSDB em 2010, ele afirma entender que o mandato é do partido, portanto, não caberia a ele assumir a vaga na Câmara.
Há também casos em que o parlamentar que assume o mandato renuncia aos direitos financeiros. Foi o caso de Péricles Olivier (PP-RJ), hoje senador-tampão.