Teixeira alega que PT elegeria quatro deputados fora da coligação
FOTO: MAXIMO MOURA/AL
Para além das pressões de partidos aliados que desejam ter posições no governo, Camilo Santana (PT) também tem recebido pressões de deputados estaduais e federais que não conseguiram se reeleger neste ano. Cobrança maior vem justamente entre petistas, que reduziram de cinco para dois número de representantes na Assembleia Legislativa.
“O natural é que ele possa prestigiar alguns deputados para sua equipe, e que aí dê vaga para alguns suplentes”, diz o 4º suplente da coligação proporcional governista, Dedé Teixeira (PT). Apesar de negar qualquer pressão ou exigência de sua parte, o petista diz considerar “natural” que o governador priorize que petistas que hoje estão na suplência assumam vagas na Assembleia.
“Nós do PT tínhamos cinco deputados e só elegemos dois. Isso por conta da coligação, pois sem ela elegeríamos quatro. Então, essa perda significativa, com certeza deve ser levada em consideração na hora da montagem da equipe, até porque somos o partido do governador”, argumenta. Logo após Dedé na lista das suplências, aparecem outros dois petistas - Rachel Marques e Dr. Santana -, que podem ser convocados.
Partido dono dos dois primeiros suplentes da coligação governista - Leonardo Pinheiro e Professor Teodoro -, o PSD também deve buscar que os dois membros assumam vagas no Legislativo. Em entrevista ao O POVO, o presidente da legenda, Almicir Pinto, destacou que considera “natural” as posses.
Entre os suplentes do PSD e petistas, no entanto, figura Fernando Hugo (SD), hoje 3º suplente da coligação - ficando, portanto, na frente de Dedé Teixeira. Acomodação de Hugo é polêmica, pois, apesar de aliado de Cid Gomes no Estado, o deputado recusa integrar governo petista. Caberia a ele, portanto, ou uma volta à Assembleia ou posse em cargo da gestão Roberto Cláudio (Pros). (CM)