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Deputados pedem que colega
Quinta, 13 Novembro 2014 05:52

Deputados pedem que colega "se apresente"

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Diante das câmeras, na tribuna da Assembleia Legislativa, ninguém quis tocar no assunto. Mas nos corredores da Casa, deputados estaduais relataram constrangimento após notícia do O POVO de que, às vésperas da eleição, um parlamentar sacou R$ 480 mil na boca do caixa, chamando a atenção do Ministério Público Eleitoral (MPE). O clima é o de “ninguém sabe, ninguém viu”. Alguns defenderam que o colega em questão se apresente publicamente – e, assim, retire a cortina de suspeita que agora cobre parte da Assembleia.   “Causa desconforto, sim. Até que não seja explicitado quem foi, e em que circunstâncias ocorreu, é um indicio forte (de irregularidade). Eu creio que o Ministério Público deveria dizer quem é. Ou então, que o deputado que está sendo investigado, se antecipe. O mais lógico seria isso, até para fazer uma defesa prévia”, disse, em entrevista por telefone, o deputado João Jaime (DEM).   “Eu parto do principio de que quem não deve não teme. Se existe alguma coisa, que a pessoa diga que fez o saque, diga a origem do dinheiro e que usou da forma que achou correta”, completou o deputado Welington Landim (Pros), que ainda se eximiu do caso: “Se eu tivesse esse dinheiro, estaria morto de feliz”, brincou.   Conforme O POVO publicou ontem, um deputado reeleito com bom número de votos neste ano está sendo investigado pela retirada de R$ 480 mil de uma só vez, perto do 1º turno da disputa. O alerta foi feito pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), espécie de agência de inteligência do sistema bancário. O caso corre em segredo de justiça, e o nome do deputado ainda é mantido a sete chaves pelos órgãos investigadores.   Cautela  O POVO procurou o presidente da Assembleia, Zezinho Albuquerque (Pros), mas as ligações não foram atendidas e não houve retorno ao recado deixado pela reportagem. O 1º vice-presidente da Casa, Tin Gomes (PHS), evitou fazer pressão sobre o colega investigado – cujo nome ele diz desconhecer.  “Acho que se apresentar é questão de foro íntimo. Queira ou não queira, se ele fez, sabe o que está fazendo, porque escondido isso não ia ficar”, afirmou, também se eximindo. “Não tenho nem esse dinheiro”, afirmou Tin.   O deputado estadual Gony Arruda (PSD) foi outro que optou por não pressionar. “O MPE tem que dizer qual o teor do fato e quem sacou de uma vez. Tem de ver. É um volume muito alto. Na hora que a gente souber quem foi, dá para se manifestar. O cara pode sacar isso pra fazer outra coisa. E se o cara sacou isso pra comprar alguma coisa, um apartamento? E também tem de ver a origem do dinheiro”, ponderou.     SERVIÇO   Assembleia Legislativa do Estado do Ceará  Av. Desembargador Moreira, 2807. Fone: (85) 3277.2500   Saiba mais   Parlamentares ouvidos pelo O POVO e que pediram para não ser identificados disseram estranhar a “coragem” do incógnito parlamentar ao fazer volumoso saque perto da data da eleição. “Como é que pode? Chama muita atenção. Não dá nem para transportar (a quantidade de cédulas)”, disse um deputado.   O segredo de Justiça impede que o nome do parlamentar seja anunciado. Caso as investigações levem à abertura de alguma ação judicial, a identidade poderá se tornar conhecida. De acordo com as autoridades que investigam o episódio, o sigilo bancário do parlamentar foi quebrado.   O saque equivale a 96 mil cédulas de R$ 50,00. Uma cédulas pesa, em média, 0,25 grama, o que daria 24 quilos de dinheiro vivo.   O mesmo deputado havia feito movimentação financeira semelhante, em 2010. O valor retirado foi acima de R$ 100 mil, mas inferior aos R$ 480 mil de 2014.   Diante das câmeras, na tribuna da Assembleia Legislativa, ninguém quis tocar no assunto. Mas nos corredores da Casa, deputados estaduais relataram constrangimento após notícia do O POVO de que, às vésperas da eleição, um parlamentar sacou R$ 480 mil na boca do caixa, chamando a atenção do Ministério Público Eleitoral (MPE). O clima é o de “ninguém sabe, ninguém viu”. Alguns defenderam que o colega em questão se apresente publicamente – e, assim, retire a cortina de suspeita que agora cobre parte da Assembleia. “Causa desconforto, sim. Até que não seja explicitado quem foi, e em que circunstâncias ocorreu, é um indicio forte (de irregularidade). Eu creio que o Ministério Público deveria dizer quem é. Ou então, que o deputado que está sendo investigado, se antecipe. O mais lógico seria isso, até para fazer uma defesa prévia”, disse, em entrevista por telefone, o deputado João Jaime (DEM). “Eu parto do principio de que quem não deve não teme. Se existe alguma coisa, que a pessoa diga que fez o saque, diga a origem do dinheiro e que usou da forma que achou correta”, completou o deputado Welington Landim (Pros), que ainda se eximiu do caso: “Se eu tivesse esse dinheiro, estaria morto de feliz”, brincou. Conforme O POVO publicou ontem, um deputado reeleito com bom número de votos neste ano está sendo investigado pela retirada de R$ 480 mil de uma só vez, perto do 1º turno da disputa. O alerta foi feito pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), espécie de agência de inteligência do sistema bancário. O caso corre em segredo de justiça, e o nome do deputado ainda é mantido a sete chaves pelos órgãos investigadores. Cautela O POVO procurou o presidente da Assembleia, Zezinho Albuquerque (Pros), mas as ligações não foram atendidas e não houve retorno ao recado deixado pela reportagem. O 1º vice-presidente da Casa, Tin Gomes (PHS), evitou fazer pressão sobre o colega investigado – cujo nome ele diz desconhecer. “Acho que se apresentar é questão de foro íntimo. Queira ou não queira, se ele fez, sabe o que está fazendo, porque escondido isso não ia ficar”, afirmou, também se eximindo. “Não tenho nem esse dinheiro”, afirmou Tin. O deputado estadual Gony Arruda (PSD) foi outro que optou por não pressionar. “O MPE tem que dizer qual o teor do fato e quem sacou de uma vez. Tem de ver. É um volume muito alto. Na hora que a gente souber quem foi, dá para se manifestar. O cara pode sacar isso pra fazer outra coisa. E se o cara sacou isso pra comprar alguma coisa, um apartamento? E também tem de ver a origem do dinheiro”, ponderou. SERVIÇO Assembleia Legislativa do Estado do Ceará Av. Desembargador Moreira, 2807. Fone: (85) 3277.2500 Saiba mais Parlamentares ouvidos pelo O POVO e que pediram para não ser identificados disseram estranhar a “coragem” do incógnito parlamentar ao fazer volumoso saque perto da data da eleição. “Como é que pode? Chama muita atenção. Não dá nem para transportar (a quantidade de cédulas)”, disse um deputado. O segredo de Justiça impede que o nome do parlamentar seja anunciado. Caso as investigações levem à abertura de alguma ação judicial, a identidade poderá se tornar conhecida. De acordo com as autoridades que investigam o episódio, o sigilo bancário do parlamentar foi quebrado. O saque equivale a 96 mil cédulas de R$ 50,00. Uma cédulas pesa, em média, 0,25 grama, o que daria 24 quilos de dinheiro vivo. O mesmo deputado havia feito movimentação financeira semelhante, em 2010. O valor retirado foi acima de R$ 100 mil, mas inferior aos R$ 480 mil de 2014. FOTO: FCO FONTENELE
  Diante das câmeras, na tribuna da Assembleia Legislativa, ninguém quis tocar no assunto. Mas nos corredores da Casa, deputados estaduais relataram constrangimento após notícia do O POVO de que, às vésperas da eleição, um parlamentar sacou R$ 480 mil na boca do caixa, chamando a atenção do Ministério Público Eleitoral (MPE). O clima é o de “ninguém sabe, ninguém viu”. Alguns defenderam que o colega em questão se apresente publicamente – e, assim, retire a cortina de suspeita que agora cobre parte da Assembleia. “Causa desconforto, sim. Até que não seja explicitado quem foi, e em que circunstâncias ocorreu, é um indicio forte (de irregularidade). Eu creio que o Ministério Público deveria dizer quem é. Ou então, que o deputado que está sendo investigado, se antecipe. O mais lógico seria isso, até para fazer uma defesa prévia”, disse, em entrevista por telefone, o deputado João Jaime (DEM). “Eu parto do principio de que quem não deve não teme. Se existe alguma coisa, que a pessoa diga que fez o saque, diga a origem do dinheiro e que usou da forma que achou correta”, completou o deputado Welington Landim (Pros), que ainda se eximiu do caso: “Se eu tivesse esse dinheiro, estaria morto de feliz”, brincou. Conforme O POVO publicou ontem, um deputado reeleito com bom número de votos neste ano está sendo investigado pela retirada de R$ 480 mil de uma só vez, perto do 1º turno da disputa. O alerta foi feito pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), espécie de agência de inteligência do sistema bancário. O caso corre em segredo de justiça, e o nome do deputado ainda é mantido a sete chaves pelos órgãos investigadores. Cautela O POVO procurou o presidente da Assembleia, Zezinho Albuquerque (Pros), mas as ligações não foram atendidas e não houve retorno ao recado deixado pela reportagem. O 1º vice-presidente da Casa, Tin Gomes (PHS), evitou fazer pressão sobre o colega investigado – cujo nome ele diz desconhecer. “Acho que se apresentar é questão de foro íntimo. Queira ou não queira, se ele fez, sabe o que está fazendo, porque escondido isso não ia ficar”, afirmou, também se eximindo. “Não tenho nem esse dinheiro”, afirmou Tin. O deputado estadual Gony Arruda (PSD) foi outro que optou por não pressionar. “O MPE tem que dizer qual o teor do fato e quem sacou de uma vez. Tem de ver. É um volume muito alto. Na hora que a gente souber quem foi, dá para se manifestar. O cara pode sacar isso pra fazer outra coisa. E se o cara sacou isso pra comprar alguma coisa, um apartamento? E também tem de ver a origem do dinheiro”, ponderou. SERVIÇO Assembleia Legislativa do Estado do Ceará Av. Desembargador Moreira, 2807. Fone: (85) 3277.2500 Saiba mais Parlamentares ouvidos pelo O POVO e que pediram para não ser identificados disseram estranhar a “coragem” do incógnito parlamentar ao fazer volumoso saque perto da data da eleição. “Como é que pode? Chama muita atenção. Não dá nem para transportar (a quantidade de cédulas)”, disse um deputado. O segredo de Justiça impede que o nome do parlamentar seja anunciado. Caso as investigações levem à abertura de alguma ação judicial, a identidade poderá se tornar conhecida. De acordo com as autoridades que investigam o episódio, o sigilo bancário do parlamentar foi quebrado. O saque equivale a 96 mil cédulas de R$ 50,00. Uma cédulas pesa, em média, 0,25 grama, o que daria 24 quilos de dinheiro vivo. O mesmo deputado havia feito movimentação financeira semelhante, em 2010. O valor retirado foi acima de R$ 100 mil, mas inferior aos R$ 480 mil de 2014.
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