Candidata: "eles não trazem salto de qualidade"
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HUMBERTO MOTA
Recém-chegada do Cariri cearense, onde esteve com o presidenciável Eduardo Campos e Marina Silva, além de sua companheira de chapa, Eliane Novais, a advogada ambientalista Geovana Cartaxo (PSB) defendeu sua candidatura como ‘terceira via’ na disputa por uma vaga no Senado, em visita ao Grupo de Comunicação O POVO, na tarde ontem.
Durante a entrevista, Geovana afirmou que a sociedade brasileira vive uma crise de representatividade e apontou o diálogo com movimentos sociais como uma fórmula para uma ‘nova política’ .
A pessebista disse ainda que não teme concorrer com dois nomes considerados importantes na história política do Ceará - Tasso Jereissati (PSDB), ex-governador; e Mauro Filho (Pros), ex-secretário da Fazenda. “É uma honra concorrer com pessoas que têm histórico político no Estado, que já fizeram transformações no Ceará”.
Contudo, Geovana fez críticas às características de Tasso e Mauro: “esses candidatos não têm visão de mundo urgente de transformação, pela sustentabilidade - novo modelo de desenvolvimento. Eles têm uma visão de economia que não traz um salto de qualidade”, disse a candidata.
Bandeiras de campanha
Ainda durante a visita, Geovana Cartaxo pontuou quatro eixos temáticos que ela pretende discutir ao longo de sua campanha, e durante seu mandato de senadora, caso eleita: a valorização da biodiversidade e sustentabilidade; aprofundamento da democracia por meio das novas tecnologias; acesso à Justiça e democratização do Judiciário; e direitos fundamentais e humanos.
Entre as propostas da advogada está o uso das tecnologias para dar à sociedade, segundo ela, transparência maior no acesso a serviços públicos. Além disso, o diálogo e a colaboração também fariam parte desse processo.
Outra defesa da candidata é o estímulo às eleições nos Tribunais, pois, para ela, atualmente, o Brasil tem um sistema hierarquizado e pouco democrático. Desde 2012, circula no Congresso Nacional, mas sem aprovação, as PECs - Proposta de Emenda à Constituição - 15 e 187 que preveem eleições diretas nos órgãos diretivos do Judiciário. (Erivelton Melo - especial para O POVO)