Com o início do recesso parlamentar de 15 dias e fim dos trabalhos legislativos do primeiro semestre, a Assembleia Legislativa apresentou um relatório sobre as atividades realizadas ao longo do período. Desde número sobre deputados faltosos, até aprovação de propostas pelos legisladores, o documento reflete, em tese, como foi o posicionamento do Poder Legislativo durante esse período. No entanto, na prática, a realidade foi bem diferente.
Com o retorno dos trabalhos, a partir do primeiro dia útil de agosto, outro problema poderá enfrentar o presidente da Mesa Diretora, José Albuquerque (PROS), que é a realização das sessões ordinárias. Com muitas matérias ainda a serem aprovadas, o chefe do Poder Legislativo chegou a dizer ao Diário do Nordeste que era favorável à realização de apenas uma plenária por semana, para que seus pares pudessem fazer as campanhas eleitorais, visto o período de eleições vigentes.
No entanto, a proposta não foi vista com bons olhos por, praticamente, todos os parlamentares do grupo de oposição na Casa, que chegaram a dizer que Albuquerque quer "silenciar" os opositores. Em entrevista coletiva na última quinta-feira, o deputado disse que sempre procurou trabalhar defendendo a democracia e o direito da maioria, e há, sim, a possibilidade de ele vir a realizar somente uma sessão por semana.
Em todos os meses que antecedem uma eleição, deputados de oposição questionam o recesso branco do Legislativo, embora também se aproveite dele. A utilização dos meios de comunicação da Assembleia, é o centro do protesto de redução das sessões.