Dos 20 candidatos que concorrem a governador e senador no Ceará, incluindo vices e suplentes, a maioria é formada por homens, entre 45 e 54 anos, brancos, ricos, casados, da capital e com Ensino Superior completo. Conforme o levantamento feito pelo Diário do Nordeste com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), oito candidatos declararam ter mais de R$ 1 milhão.
Metade dos postulantes é proveniente de Fortaleza, enquanto os demais têm origens em outros nove municípios do Interior, entre os quais Sobral, Crato e Lavras da Mangabeira, sem que nenhum seja da Região Metropolitana da Capital. Já em relação às profissões, a maior parte dos candidatos é professor (sete), seguido por empresários e deputados (quatro em cada profissão, sendo que um deputado também é professor: o candidato ao Senado Mauro Filho - PROS).
Do total, apenas dois não têm Ensino Superior completo: o primeiro suplente do candidato ao Senado Tasso Jereissati (PSDB), o empresário Chiquinho Feitosa (DEM), que tem Ensino Superior incompleto, e o vice do pleiteante ao Governo Ailton Lopes (PSOL), operário da Construção Civil Benedito Oliveira (PCB), com Ensino Fundamental incompleto. Em relação à cor da pele, metade se declarou branca e nove se dizem pardos. Só a candidata ao Senado Raquel Dias (PSTU) se declarou preta.
O número de mulheres candidatas aos cargos representam exatamente 30% do total, embora a legislação não determine proporção mínima de gênero para cargos majoritários. São 14 homens e 6 mulheres, sendo uma candidata ao Governo (Eliane Novais - PSB), uma a vice (Izolda Cela - PROS), duas ao Senado (Geovana Cartaxo - PSB e Raquel Dias). As demais, Carlota Sales (PSTU) e Valda Albuquerque (PSB), são suplentes.
No tocante à renda, além dos oito candidatos que declararam bens superior a R$ 1 milhão, quatro apresentam somas entre R$ 50 mil e R$ 500 mil, três registraram valores entre R$ 500 mil e R$ 1 milhão, três tinham até R$ 50 mil e dois declararam não ter bens - Benedito Oliveira (vice) e Raquel Dias (Senado), candidatos da mesma chapa. No que diz respeito à idade, seis têm entre 45 e 54 anos, cinco entre 55 e 64, cinco entre 35 e 44 e quatro têm mais de 65 anos.
Licença
Dos seis deputados estaduais que disputarão cargos na chapa majoritária, Governo e Senado, e para a Câmara Federal, pelo menos um deve tirar licença do mandato na Assembleia Legislativa durante a campanha eleitoral. O pedido poderá ser feito quando os trabalhos na Casa forem retomados no dia 1º de agosto, pois de 18 a 29 deste mês os parlamentares estão de recesso.
Desde que foi oficializado candidato ao Governo da coligação comandada pelo governador Cid Gomes (PROS), no dia 29 de junho, o deputado Camilo Santana (PT) não esteve presente no Plenário 13 de Maio. Além da agenda na Capital, o petista tem visitado com frequência municípios do Interior. Ele ainda não confirmou se vai tirar licença.
O deputado Mauro Filho (PROS), candidato ao Senado na chapa de Camilo, é outro que pode tirar licença, mas a sua assessoria de imprensa não confirmou. Eliane Novais, postulante ao Governo, diz que não vai se afastar das atividades na Assembleia. "Não vai ter necessidade, até porque querem colocar uma sessão por semana", ressalta.