Eunício diz que prioriza os acertos dentro da aliança governista
Foto: Fábio Lima
O senador Eunício Oliveira (PMDB), pré-candidato ao governo cearense, negou ontem que esteja conversando com o ex-senador Tasso Jereissati (PSDB) com o fim de montarem chapa para a eleição de outubro. Mas o deputado federal tucano Raimundo Gomes de Matos, por sua vez, afirma que “a tendência do PSDB hoje é coligar com o Eunício”.
Segundo nota publicada ontem no site da revista Veja, Eunício estaria se aproximando de Tasso para que um apoie o outro contra os candidatos ao governo e ao Senado que venham a ser lançados pela coligação encabeçada pelo governador Cid Gomes (Pros).
“A preferência é acertar dentro da aliança nacional (com o PT e o Pros). Mas vamos ver se vai ser possível. O PMDB se relaciona bem com todos os partidos”, disse Eunício à revista.
Porém Eunício afirmou ontem à noite ao O POVO que a nota da Veja é fruto de “especulação”.
“Não tenho conversado com o senador Tasso. A especulação talvez seja porque encontrei o senador em um jantar, na casa de um ministro amigo, em São Paulo. Mas não tenho tido nenhuma conversa em profundidade”, disse Eunício ao chegar para a premiação, na Assembleia Legislativa, do “Destaque Político Administrativo 2013”, na qual foi um dos homenageados.
Contrariando o discurso de Eunício, o deputado Raimundo Gomes de Matos (PSDB-CE), também presente ao evento, disse ao O POVO que, nas condições atuais, os tucano tendem a fazer chapa com Eunício.
“Existe toda essa probabilidade. O que precisa é definir a questão nacional para acertar a estadual”, afirmou Gomes de Matos, referindo-se à candidatura presidencial do senador tucano Aécio Neves (MG).
Candidato de todos
Eunício reforçou ontem que mantém a esperança de ser o candidato de Cid Gomes, do PT e demais legendas aliadas.
“Ganhei a eleição sendo o senador de todos. Quero ser o candidato (a governador) de todos os cearenses e se possível de todos os partidos”.
Na semana passada, a movimentação de Eunício para concretizar sua candidatura levou o deputado federal José Guimarães, maior liderança do PT estadual e nome do partido para o Senado, a declarar que se não houver acordo entre os três maiores partidos da coligação o PT ficará com Cid.
Ontem, sem citar Guimarães, Eunício disse que no PT “existem pessoas se posicionando nesse momento, mas não há nenhuma divergência de maior profundidade”.