A movimentação em torno da escolha do novo conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Ceará (TCE) começou ontem na Assembleia Legislativa do Estado (AL-CE). Durante o expediente, o presidente da Casa, Zezinho Albuquerque (Pros) fez a leitura do comunicado sobre a vacância do cargo do conselheiro Pedro Timbó. Zezinho também iniciou o processo de colhimento de assinaturas para a indicação da deputada Patrícia Saboya (PDT) ao cargo.
Até ontem, 36 deputados figuravam na lista que aprova a indicação de Patrícia Saboya para o Tribunal. Apesar de o mínimo necessário para a indicação ser de nove assinaturas, a meta, segundo Zezinho, é ter a maior quantidade possível de apoiadores.
O prazo para a divulgação oficial do indicado é a próxima quarta-feira. Depois, o indicado é sabatinado pelos deputados na Comissão de Constituição e Justiça e só então seu nome é levado ao Plenário para aprovação.
A escolha para a vaga do TCE foi motivo de debate entre os parlamentares. O deputado Roberto Mesquita (PV) criticou a opinião emitida pela conselheira do TCE, Soraia Victor, que, ao O POVO, disse que escolha de conselheiros pela AL deveria focar em perfis técnicos, a partir do melhor currículo. Ele disse que os parlamentares não precisam da opinião de Soraia para escolher o novo conselheiro do TCE. Outros deputados como João Jaime (DEM) e Tin Gomes (PHS) e Dr. Sarto (Pros) concordaram com a fala do deputado.
Sarto classificou como “descabida” a fala da conselheira. “Se ela se acha no direito de questionar a legislação, deveria renunciar o cargo dela e fazer concurso publico”, afirmou. Tin destacou que o TCE é regido pela AL e julgou desnecessário o confronto.
Em contrapartida, o deputado Heitor Férrer (PDT) afirmou que houve um mal entendido sobre a fala da conselheira Soraia Victor sobre a vaga no Tribunal. Ele destacou que, quando Soraia se refere à busca de conselheiros mais técnicos e menos políticos, ela não faz ofensa ao Legislativo.