XEQUE-MATE CONTRA TASSOPara resolver problemas internos, o governador teria de tomar uma atitude mais ousada: renunciar ao Governo em abril, convencer o vice Domingos Filho a seguir seus passos - prometendo-lhe o mesmo espaço na chapa de Santana -, e dar alguns meses de poder para o membro do Pros mais empenhado atualmente em ocupar seu lugar, o presidente da Assembleia José Albuquerque.
Mas ainda faltaria o xeque-mate. Em um dos cenários, Cid estaria disposto a adiar os planos de se mudar para os Estados Unidos e trabalhar no Banco Mundial, topando uma candidatura para o Senado. Seria essa uma das únicas formas de evitar possível eleição do ex-aliado Tasso Jereissati (PSDB), que lidera todas as pesquisas já realizadas para a vaga que fica em aberto com o fim do mandato do senador Inácio Arruda (PCdoB).
Como se vê, uma total embaralhada no cenário sucessório cearense. Mas se apresenta como uma das saídas para a sobrevivência do atual projeto não ficar em risco. Em nome dessa continuidade, podem ter certeza, Cid Gomes não medirá esforços. Racionalidade e perspicácia não lhe faltam.
PorÍtalo Coriolanoo Jornalista escreve interinamente na licença do colunista Érico Firmo