O debate acontece às 10h, na Câmara Municipal, por solicitação dos deputados Acrísio Sena (PT), Queiroz Filho (PDT) e Marcos Sobreira (PDT). De acordo com o vice-presidente da comissão, deputado Acrísio Sena, a audiência é resultado de todo um trabalho em conjunto da Prefeitura e da Câmara de Senador Pompeu, Comissão de Cultura da Assembleia Legislativa e Secretaria de Cultura. “A visita do secretário de Cultura, Fabiano Piúba aos campos de concentração traz mais força para esse momento, que tem como finalidade o tombamento dos casarões e a inclusão da seca como patrimônio imaterial”, ressaltou.
Os campos de concentração foram criados entre os anos de 1915 e 1932, detendo cerca de 80 mil retirantes da seca nos municípios de Fortaleza, Senador Pompeu, Ipu, Crato, Cariús e Quixeramobim. Eram locais erguidos em pontos e estratégicos das rotas de imigração do Estado, com a finalidade de impedir que as pessoas que fugiam dos efeitos da estiagem em suas cidades chegassem à capital em busca de melhores condições de vida.
A Caminhada da Seca, por sua vez, começou em 1982, por iniciativa do padre Albino Donati, com a finalidade de reverenciar as pessoas que morreram vítimas da seca e das condições desumanas nos campos de concentração, que foram palco de, oficialmente, 1.637 mortes por fome, sede e doenças não tratadas. Foi construído em mutirão o Cemitério da Barragem em homenagem aos mortos de fome e doença nos campos de Senador Pompeu, local onde são cumpridas promessas e ponto final da caminhada.
LA/AT