O Brasil registra cerca de 1 milhão de acidentes com queimaduras por ano, segundo o Ministério da Saúde. Entretanto, esse índice aumenta em até 25% em períodos em que a maioria das pessoas estão dentro de casa permanentemente, como é o caso do isolamento social. Por isso, é necessário redobrar os cuidados para evitar acidentes e infortúnios que sobrecarregam o sistema de saúde.

Segundo o tenente-coronel Emerson Bastos, da 7ª Companhia do Corpo de Bombeiros da AL,ao tentar socorrer uma vítima de queimadura muitas pessoas cometem erros que podem agravar a situação. “O ferimento de queimadura é algo bastante dolorido e demorado para cicatrizar, por isso, muitas vezes, ao tentar tirar a roupa ou lavar o local, acontece a formação de bolhas e feridas que podem infeccionar”, alerta.

Além disso, dicas caseiras como passar manteiga, ovo ou usar gelo no local, podem complicar a situação a lesão. “A única coisa que poderia passar em uma queimadura de menor grau é água corrente em temperatura ambiente”, orienta o tenente-coronel.

Nos casos de queimaduras leves, a orientação é que os usuários tentem controlar com uso de analgésicos. Em casos graves é preciso acionar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192) ou o Corpo de Bombeiros (193) para não colocar a vida das vítimas em risco. 

O Centro de Tratamento de Queimados do Instituto Dr. José Frota (IJF) é referência em todo o País em tratamento de queimaduras, com tratamentos de média e alta complexidade. O Centro realiza em média 80 curativos ambulatoriais por dia. 

Além disso, o Centro é pioneiro no uso da pele de tilápia no tratamento de queimaduras. A intervenção tem tido muitos êxitos. Além de ser utilizada em queimaduras, a pele de tilápia tem aplicação em feridas, cirurgias ginecológicas e medicina regenerativa. A pesquisa da com uso medicinal da pele de tilápia ganhou o prêmio Euro Inovação na Saúde, considerado o maior da medicina.

JI/Com FM Assembleia/LF