A pandemia da Covid-19 impôs condições atípicas para a população em geral, o que implicou, em consequência, em uma série de cuidados adicionais com a saúde. Pesquisa nacional realizada pela Faculdade de Campinas entre jovens, por exemplo, apontou que 18,3% dos entrevistados sofrem com alguma doença crônica, enquanto 12,8% têm algum tipo de transtorno psicológico.
Conforme o médico Túlio Osterne, chefe da Célula Médica do Departamento de Saúde e Assistência Social da Assembleia Legislativa (DSAS), os transtornos psicológicos estão sendo acentuados pelo modo de vida imposto pela pandemia e essas patologias, “apesar de silenciosas, podem ser fatores determinantes para o surgimento de outras doenças”.
Esses transtornos são decorrentes, de acordo com o médico, do isolamento e da solidão, além do medo de desenvolver a doença e preocupação com os pais, afastamento dos amigos, entre outros. Os efeitos desses transtornos, entretanto, podem ser prevenidos ou reduzidos.
O médico Túlio Osterne aponta que mais cigarro e bebida alcoólica, comida ultraprocessada, tempo de televisão e de internet, e menos exercício físico, horas de sono, e alimentação saudável, entre outros condicionantes, têm sido, em termos de comportamento, o resultado da pandemia para um número significativo de pessoas.
“Precisamos de atividades que nos deem prazer, alimentação saudável, exercício físico e sono regular, um estilo de vida que permita que todos possamos viver mais tranquilos, com menos estresse e mais foco no que é importante”, acrescentou. Ele lembra que mente e corpo funcionam de forma conjunta e que a saúde de um depende da saúde do outro.
PE/AT/com Comunicação Interna