Você está aqui: Início Últimas Notícias Internautas defendem renda mínima para combater extrema pobreza
Para o deputado Renato Roseno (Psol), a implementação de programas de renda básica é uma necessidade urgente, em função do aprofundamento da pobreza e da desigualdade social. “Com a pandemia, os pobres ficaram mais pobres e vulneráveis. Os super-ricos ficaram ainda mais ricos. A população cearense precisa, portanto, de políticas públicas capazes de enfrentar esses problemas, distribuindo de forma mais equânime a riqueza social coletivamente produzida pela população, mas sempre apropriada por uma pequena elite egoísta”, avalia.
O deputado Acrísio Sena (PT) também concorda com a maioria dos participantes. Ele adianta que não só é favorável ao projeto de criação da renda mínima nacional, mas é autor de matéria em tramitação na Assembleia Legislativa, que propõe instituir a Renda Básica de Cidadania Estadual. “O momento histórico vivido pelo Brasil é extremamente grave, somando os efeitos da crise sanitária gerada pela pandemia, com um quadro econômico preocupante, com mais de 14 milhões de desempregados e com o País sem qualquer política de geração de emprego e renda por parte do governo Bolsonaro, que sequer quer renovar o auxílio emergencial de R$ 600,00. Quem tem fome tem pressa. A população precisa do auxílio no Estado neste momento desesperador”, defendeu.
O cientista político e professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE), João Paulo Bandeira, ao analisar o resultado da enquete, conclui que, em sua ampla maioria, as pessoas compreendem o papel fundamental do Estado na regulação nas relações socioeconômicas. “O credo liberal de que o mercado resolve tudo e que indivíduos devem lutar individualmente pela sua sobrevivência sem que haja apoio do Estado para isso é bastante rejeitada”, assinala. Conforme esclarece, não há como combater a pobreza extrema sem que o estado crie mecanismos como políticas públicas sérias e duradouras que retirem as pessoas dessa situação. “Chamar isso de comunismo e socialismo, quando estamos falando do conceito de redistribuição de renda numa sociedade de mercado, é pura ignorância”, afirma.
LA/AT