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Internautas reconhecem importância do exame de prevenção do câncer de mama


Entre os participantes, 50,8% revelaram fazer anualmente os exames recomendados nas consultas clínicas. Outros 38,1% confirmaram que dificilmente realizam o exame, em razão da dificuldade do acesso à saúde na rede pública. Já 11,1% admitiram que a prevenção não é uma preocupação presente.
A deputada Érika Amorim (PSD) chama a atenção para a importância da prevenção do câncer de mama como principal aliada no combate à doença. A parlamentar ressalta que o controle dos fatores de risco e o diagnóstico precoce são necessários para vencer o câncer.
“As estratégias de prevenção e detecção precoce do câncer de mama têm o mesmo objetivo: reduzir a mortalidade pela doença. Por isso, além de prezar pela garantia do tratamento, é papel do poder público propagar o tema. O autoexame e mudanças de hábitos fazem grande diferença nessa luta”, pontua.
Já o deputado Carlos Felipe (PCdoB) alerta para o descuido da prevenção durante a pandemia do novo coronavírus. “Nesse momento, muitas mulheres podem se esquecer (de realizar o exame), e isso não pode ocorrer, porque a doença continua sendo a principal causa de morte por câncer nas brasileiras”, observa.
Segundo o parlamentar, é importante que elas continuem fazendo a prevenção, mas, claro, tomando todos os cuidados que a pandemia exige. A orientação, de cordo com Carlos Felipe, que é médico, também vale para as mulheres diagnosticadas. “Não deixem de dar continuidade ao tratamento”, recomenda.
“Houve um aumento de 40% no número de casos novos de câncer de mama nos últimos 10 anos e de 59% na mortalidade pela doença”, informa. A médica explica que a alta taxa de mortalidade se deve principalmente ao fato de que a maioria das mulheres são diagnosticadas em estágio avançado. “Esses dados demonstram que, apesar das frequentes campanhas realizadas todos os anos no mês de outubro, pouco avançamos no diagnóstico precoce da doença”, diz.
O estudo também chama a atenção para o número de casos novos por faixa etária. A médica ressalta que há um incremento da ordem de 12% na faixa etária abaixo dos 40 anos e de 63% acima dos 50 anos, ao longo dos 10 anos de análise. Dos 40-50 anos, observou-se uma redução da ordem de 25%.
Em relação ao tratamento da doença durante o período, a doutora Aline Carvalho ressalta que muito se avançou, e isso graças ao surgimento de novas drogas, que conseguiram, conforme ela, aumentar as chances de cura para quem é diagnosticada e melhorar a sobrevida das mulheres com câncer de mama metastático (quando afeta outros órgãos do corpo). “Porém, nosso maior desafio é diagnosticar precocemente, o que é possível descobrindo lesões bem iniciais através da mamografia.”
LS/AT