Você está aqui: Início Últimas Notícias Internautas destacam papel da população no combate às arboviroses
Outros 10,5% dos participantes apontaram a importância do reforço nas campanhas de prevenção como forma de combate a doenças infectocontagiosas. Os parlamentares consultados consideram ambas as opções fundamentais no combate às arboviroses.
A deputada Fernanda Pessoa (PSDB), por exemplo, reforça a importância de cada família cuidar da própria casa, eliminando os focos de água parada, que possibilitam a proliferação do mosquito. Ela lembra que a dengue, a zika e a chikungunya ainda matam mais que o coronavírus.
A parlamentar também considera que as campanhas deveriam ser realizadas em nível municipal e estadual. “Campanhas nas escolas tornariam as crianças em fiscais dos próprios pais, no sentido de cobrar um cuidado maior com o lar e com o ambiente em que se vive”, observa.
Os deputados Marcos Sobreira (PDT) e Heitor Férrer (SD) alertam para a conscientização individual sobre o tema.
Marcos Sobreira acrescenta que, no caso das arboviroses, o Poder Público pode promover políticas de limpeza de locais públicos, “mas não tem como entrar na casa de cada um e fazer um trabalho que é individual”.
Heitor Férrer também lembra que, sobre esse tema, o nosso trabalho individual afeta a saúde do nosso vizinho, da nossa comunidade. “O mosquito que prolifera em nosso quintal pode ter acesso a outras casas, outras pessoas, voar para longe em correntes de ar, então não dá pra se abster dessa autorresponsabilidade”, diz.
O infectologista e professor da Universidade Federal do Ceará, Anastácio de Queiroz, reitera que o melhor método de prevenção é a eliminação dos focos dos mosquitos nas casas. As residências, observa, é onde se encontram a maior quantidade de focos, e o principal desafio nesse trabalho de prevenção é a conscientização e mudança de hábito da população.
“A prevenção é um hábito continuado. Essas arboviroses são doenças que existem no Brasil desde 1986, sendo praticamente o mesmo vetor o responsável pela transmissão do vírus há 34 anos, e ainda não conseguimos superá-lo”, lamenta.
De acordo com o médico, o trabalho individual é o grande combatente contra as arboviroses, mas Anastácio de Queiroz alerta também para outras doenças que chegam com as chuvas. “Diarreias, leptospirose, doenças que acometem, principalmente, as populações mais carentes, que vivem em áreas vulneráveis, onde há proliferação de moscas, ratos, e vetores de outras doenças tão mortais quanto aquelas transmitidas por mosquitos”, explica.
PE/AT