Você está aqui: Início Últimas Notícias Casa da Mulher Brasileira celebra um ano de atuação em solenidade na AL
Augusta Brito destacou a importância de haver um instrumento como a Casa da Mulher Brasileira, que oferece segurança para a mulher fazer sua denúncia, além de profissionais humanizadas e capacitadas para atendê-la. A parlamentar também apontou a necessidade de combater o machismo estrutural presente na sociedade. “O equipamento, por si só, não vai diminuir a violência. Ele vai, sim, dar uma qualidade para quem já sofreu a violência, mas a nossa preocupação não é só esse atendimento; é muito mais na prevenção para que não aconteça essa violência”, salientou.
Segundo o deputado Carlos Felipe, é preciso praticar a igualdade de gênero no dia a dia, pagando os mesmos salários a homens e mulheres e tratando da mesma forma filhos e filhas. “Na verdade, a gente vai mudar quando cada um de nós mudar essa história, e obviamente é uma história longa”.
A coordenadora geral da Casa da Mulher Brasileira no Estado do Ceará, Daciane Barreto, avaliou que a participação das mulheres no Parlamento Estadual ainda é bastante reduzida diante de tudo o que ocupam no mundo e no Brasil, mas disse não criticar as mulheres por estarem nessa situação. “Apenas 87 anos atrás foi nos dado o direito de votar, e agora querem que a gente tenha 50%, 60% de representação no Parlamento”, considerou. Daciane também destacou que o governador Camilo Santana comprometeu-se em construir quatro Casas da Mulher Brasileira no Ceará até o ano de 2022, colocando-se “positivamente na contramão da história”.
A secretária executiva de Política para as Mulheres da Secretaria de Proteção Social, Justiça, Cidadania, Mulheres e Direitos Humanos do Ceará (SPS/CE), Denise Aguiar, destacou a força e a ousadia das mulheres que denunciam a violência que sofrem. “Por que as mulheres estão denunciando mais? Porque elas estão entendendo que elas têm um lugar onde serão amparadas”, explicou.
A vereadora de Fortaleza Larissa Gaspar (PPL) ressaltou o compromisso do governador Camilo Santana em inaugurar a Casa da Mulher Brasileira, mesmo diante de um contexto nacional desfavorável. Para a vereadora, o atual Governo Federal faz uso de um “discurso reducionista, ignorante e desrespeitoso” em relação às mulheres.
Já a presidente da União dos Vereadores do Ceará (UVC Mulher), vereadora Lívia Maia (DEM), chamou atenção para a situação das mulheres que vivem no interior do Ceará, onde há carência de políticas públicas voltadas para o combate à violência contra a mulher. “Nós ansiamos também para que seja implementada essa Casa da Mulher Brasileira no interior do Estado. Precisamos muito desse apoio e só vamos consegui-lo se todas nós, mulheres, estivermos juntas nesse propósito”, pontuou.
A coordenadora especial de Políticas Públicas para a Promoção da Igualdade Racial do Estado do Ceará, Maria Zelma de Araújo Madeira, ressaltou o aumento da violência contra a mulher negra, que, segundo observou, “guarda raiz na escravidão, mas, mais do que isso, na recriação dessa escravidão".
Conforme a delegada titular da Delegacia de Defesa da Mulher de Fortaleza, Daniele Mendonça, uma sociedade mais justa e igualitária passa por uma sociedade em que os direitos das mulheres sejam garantidos. “Estamos à disposição de toda mulher que precisar de ajuda e de que o seu direito seja defendido”, pontuou.
O evento homenageou Daciane Barreto; Denise Aguiar; Maria de Lourdes Góes Araújo; a vice-governadora do Estado do Ceará, Izolda Cela; a titular da SPS/CE, Socorro França; a presidente da Cooperativa de Construção Humana Casa Lilás, Maria de Lourdes Góes Araújo; e as colaboradas da Casa da Mulher Brasileira, Sônia Cordeiro, Camila Silveira e Maria Darte de Sousa.
BD/LF