Você está aqui: Início Últimas Notícias Internautas esperam dos governantes mais diálogo e geração de emprego
Outros 17,4% defendem uma revisão dos programas que oneram o orçamento público, a redução da presença do Estado na economia, a diminuição de impostos e a menor regulamentação das empresas.
A deputada Fernanda Pessoa (PSDB) concorda com a maioria dos internautas e ressalta que a geração de emprego é um ponto importante para ser trabalhado pelos governantes eleitos. “É necessário manter os jovens na escola, os hospitais funcionando e ter um plano de segurança pública, porém não podemos esquecer o sustento. Emprego e renda para os cidadãos precisam ser também uma prioridade a ser trabalhada”, apontou.
Já o deputado Fernando Hugo (PP) considera necessário conter ao máximo o gasto público, priorizando grandes investimentos para melhorias na saúde, segurança e educação, tripé que sustenta um bom desempenho governamental. “Dependemos de ações concretas e objetivas na administração, para investir em políticas públicas”, assinalou.
Para o cientista político e professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE), João Paulo Bandeira, o resultado da enquete reflete o que as urnas mostraram na votação do último domingo (07/10). Ele afirma que o resultado das urnas confirma um direcionamento de esquerda e centro-esquerda por parte do eleitor cearense, “algo que faz sentido" em sendo o Ceará um estado sofrido e pobre, com muita desigualdade social e política. “O eleitor sabe que essas ideias de liberalismo e arrocho econômico sempre quebram para o lado do mais pobre”, observa.
De acordo com João Paulo, a quantidade de votos recebidos por candidatos como Ciro Gomes e Fernando Haddad, e a eleição de Cid Gomes, como senador, “confirma a ideia do Ceará como um estado que quer mais inclusão social, geração de emprego e combate à violência. Uma agenda mais social e menos liberal”.
“A votação expressiva no Nordeste desses candidatos indica um povo que resiste, que não está alinhado ao liberalismo e nem com o esse neofascismo emergente, e que ainda confia no Estado como condutor das políticas sociais e públicas”, diz.
Sobre as mudanças ocorridas no quadro de representantes, João Paulo afirma que o cenário nas câmaras nunca esteve tão fragmentado. “Parte representantes escolhidos nesta eleição não tem a menor qualificação” afirma.
PE