O deputado Renato Roseno (Psol) ressalta que, como mostra a enquete, a maioria do povo brasileiro é realmente solidária, estando disposta a ajudar o próximo nas horas de dificuldade.
"Esse sentimento de solidariedade tem de se refletir também nas políticas públicas. Por isso, defendemos que, em termos de iniciativa oficial, o ato mais solidário que podemos oferecer à população nesse momento é a aprovação de uma renda básica de cidadania, isto é, uma renda mínima que poderia garantir a sobrevivência e a dignidade dos mais vulneráveis", assinala.
Para o deputado Acrísio Sena (PT) a pandemia está exigindo de todos um comportamento solidário, até porque sem ele não seria possível sobreviver.
"Quando usamos máscaras e ficamos em casa, por exemplo, estamos pensando em nossa proteção, mas também na do outro. Milhões de pessoas estão sem emprego, vários negócios fecharam e é necessária uma renda mínima para os setores mais vulneráveis", comenta.
Ainda segundo o deputado, o Governo do Estado está abraçando esta parte da população, assim como várias entidades estão mobilizadas ajudando pessoas em situação de rua. "São nestes momentos mais graves que o espírito humano tem a chance de apresentar suas características mais elevadas", comenta.
Para o deputado Fernando Hugo (PP), infelizmente, neste momento, não se pode afirmar que a sociedade brasileira tem sido solidária com o próximo em relação à questão da pandemia. "Não posso considerar que estamos sendo muito solidários atualmente, até porque temos assistido, nas grandes e nas pequenas cidades, diversos episódios de desrespeito e de descumprimento às orientações sanitárias que buscam preservar a saúde da população", avalia.
Segundo o parlamentar, ser solidário é agir de forma responsável e consciente no sentido de proteger a vida do próximo, o que tem faltado em parcela da população nesses tempos. "Falta solidariedade da população na adoção de comportamentos indispensáveis neste momento para impedir a proliferação do vírus", lamenta.
Na avaliação do sociólogo Eduardo Neto Moreira, em ocasiões de crise e calamidade, há sempre uma tendência de aumento da solidariedade entre as pessoas.
Para ele, a empatia com a situação do outro, o sentimento de ajuda é algo que é típico do comportamento humano. "Nessas situações, o individualismo perde força. Nós paramos de olhar para nós mesmos e nos comovemos com a dor do outro, pois percebemos que também estamos vulneráveis a esse tipo de situação", aponta.
Ainda segundo o sociólogo, "o ser humano necessita do outro em sua convivência social e quando essa estrutura social é abalada por uma crise ou calamidade, todos nós perdemos".
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