Você está aqui: Início Últimas Notícias Internautas acreditam que multas podem reforçar o uso de máscara
Pelo menos 78,1% dos participantes responderam que sim, enquanto outros 21,9% avaliaram que a aplicação de multa não ajudará nesse sentido.
O deputado Carlos Felipe (PCdoB) endossa o posicionamento da maioria dos internautas, acreditando que a população pode, de alguma maneira, ser educada pelo bolso, embora acredite que esse não seja o objetivo maior.
“Penso que a intenção do Poder Executivo é mostrar que cada um tem o seu dever e suas obrigações junto à coletividade. E eu partilho da proposta de incorporar mudanças nos hábitos, sobretudo em momentos críticos, como o atual, desde que não haja excessos e exageros dos aplicadores da lei”, salienta o parlamentar.
Já a deputada Fernanda Pessoa (PSDB) é uma das que entendem que as multas não são a melhor forma de se promover conscientização. “Sou contra qualquer tipo de multa, pois acredito na força da conscientização pela mensagem. Acho que a multa não é a maneira mais eficaz de estimular uma consciência coletiva”, aponta.
Segundo a parlamentar, todos precisam ter zelo pela sua saúde e pela do próximo. “Todos já sabem, ou deveriam saber, que a melhor forma de se prevenir contra o novo coronavírus é utilizando máscaras e álcool em gel, além de respeitar o distanciamento social. Então devemos reforçar esses cuidados, mas sem punições”, considera Fernanda Pessoa.
Para o sociólogo Eduardo Neto Moreira, a obrigatoriedade do uso da máscara e a punição por meio de multa para quem não usá-la são, de certa forma, polêmicas, já que a ideia mexe no direito individual de cada um de usar ou não o acessório.
O especialista salienta, porém, que, neste momento de pandemia e de crise de saúde pública, é prudente a obrigatoriedade determinada pelo poder público, tanto em relação ao uso da máscara quanto à possibilidade de multa para quem descumprir a medida.
Ele também alerta para o fato de como o Governo vai garantir a fiscalização e o cumprimento do que foi determinado, para que a lei se efetive na prática. “Estamos ainda correndo um risco grande de contaminação e nem sempre há tempo necessário e suficiente para que as pessoas se conscientizem dessa necessidade de usar máscaras”, assinala.
O sociólogo pontua que ainda há muita gente descumprindo o distanciamento social, usando equipamentos públicos, como praias, para fins de aglomeração, mesmo com todas as recomendações contrárias dos órgãos públicos e também com todos os riscos envolvidos com a pandemia da Covid-19.
RG/AT