Você está aqui: Início Últimas Notícias Internautas defendem atuação preventiva no combate ao bullying
Enquanto 83,6% responderam afirmativamente, entendendo que as instituições de ensino têm obrigação de promover uma cultura de paz, dentro e fora de seus domínios, outros 16,4% avaliaram que esse tipo de acompanhamento deve ser feito apenas por pais e responsáveis.
Para o deputado Gony Arruda (PP), as escolas têm um papel importante na problemática do bullying e precisam ser chamadas para assumir responsabilidades. “O bullying é uma realidade, e só as famílias que têm problemas com seus filhos sabem da dimensão que isso gera, com dificuldades de relacionamento, por exemplo”, aponta.
Ainda segundo ele, “como a escola tem o papel de socializar todos, é importante que ela seja chamada para o debate”.
Já na avaliação do deputado Roberto Mesquita (Pros), a questão não passa por responsabilizar ninguém, nem escolas nem pais, mas sim pela necessidade de se construir uma mudança cultural sobre o problema. De acordo com o parlamentar, a cultura que desencadeia o bullying deve ser combatida já na base educacional.
“Precisamos inserir na educação como um todo os valores de uma cultura antibullying, da mesma forma como damos noções de cidadania aos jovens, para que eles saibam do mal que algumas brincadeiras podem causar”, salienta.
O deputado considera inimaginável que, de um dia para o outro, professores e diretores passem a vigiar alunos que cometem bullying.
“Eles são importantes elos dessa cadeia, mas não podemos colocar apenas nos seus ombros a responsabilidade de combater o bullying, pois ele só pode ser combatido com um profundo processo de conscientização que inclui professores, diretores, pais e a sociedade como um todo”, aponta Mesquita.
O deputado Heitor Férrer (SD) pontua que a escola é uma importante parceira das famílias na educação das crianças e adolescentes, tendo um papel fundamental na formação de jovens cidadãos.
“É um dos principais ambientes em que se manifesta o bullying e, por isso, deve ocupar papel central nessa discussão, trabalhando pela conscientização e prevenção dessa prática. Considero dever da família, das escolas e de todos nós, enquanto sociedade, promover a cidadania, a inclusão e o respeito ao próximo, fomentando uma cultura de paz e tolerância desde a infância”, destaca o parlamentar.
A psicóloga e psicopedagoga Priscila Peçanha acredita que, como responsáveis pela formação dos jovens, as escolas têm uma participação no processo de conscientização e combate ao bullying, mas que essa construção é coletiva e envolve também os pais de alunos.
“A escola tem o papel de observar comportamentos que podem ser caracterizados como bullying e, a partir disso, orientar e encaminhar os envolvidos para um acompanhamento mais aprofundado, sempre com o envolvimento de pais em todo esse processo”, assinala a psicóloga.
RG/AT