Você está aqui: Início Últimas Notícias AL debate desafios frente a fake news e o uso das mídias sociais
O coordenador de Comunicação Social da AL, jornalista Ilo Santiago, afirmou que fake news, ou boato, não é um fenômeno novo e tem tomado dimensões danosas, sobretudo com o advento da internet e das redes sociais, quando propaga informações falsas para a sociedade. O jornalista ressaltou que o seminário é uma forma de o Poder Legislativo colaborar no debate sobre o assunto, de trazer esclarecimentos, mais conhecimento e mostrar os cuidados que as pessoas devem ter ao compartilhar informações.
Ele adiantou que, além do seminário, será desenvolvida uma campanha nos veículos de comunicação da Casa para alertar o cidadão sobre o fenômeno das fake news.
No primeiro painel do seminário, foi debatido o tema “As fake news e o cenário atual do jornalismo”, que contou com as participações dos jornalistas Rafael Luis Azevedo, do blog Verminosos e coordenador da Tribuna do Ceará; Roberto Maciel, do Sistema Verdes Mares; Guálter George, editor de política do jornal O Povo, e Salomão de Castro, presidente da Associação Cearense de Imprensa (ACI). Atuou como medidador o assessor de imprensa do Ministério Público do Ceará, jornalista Reginaldo Aguiar.
Rafael Luis Azevedo defendeu maior regulamentação das informações veiculadas nas mídias sociais e afirmou que grande parte da pessoas ainda não sabe se relacionar com as redes sociais. “Emitem opinião de forma agressiva e produzem conteúdos falsos”, acentuou. Ele lembrou que, recentemente, foi descoberta nos Estados Unidos a utilização de perfis falsos para turbinar a campanha política de determinado candidato. “Hoje já existem ferramentas criadas para identificar notícias falsas, mas, ao mesmo tempo em que empresas são identificadas, muitas outras estão propagando esse tipo de notícia”, ressaltou.
O jornalista Roberto Maciel disse que fake news não é novidade no jornalismo .“Na verdade, as fake news têm uma roupagem nova porque estão nas redes sociais, na tecnologia, mas a mentira, a distorção da verdade sempre foram mecanismos muito utilizados. O jornalista precisa criar os próprios mecanismos, porque a imprensa só cumpre o seu propósito, o seu objetivo, quando ela trabalha com a verdade”, pontuou.
Diante de tantas notícias falsas disseminadas na internet e redes sociais, o jornalista Guálter George afirmou que as pessoas têm procurado os veículos convencionais para creditar suas informações, ou seja, para conferir maior credibilidade à informação que desejam repassar. “O jornalismo é obrigado a lidar desde sempre com o problema da mentira, da notícia falsa, mas o que tem agravado a situação hoje é a velocidade com que as notícias são publicadas a partir das novas tecnologias, por isso a situação atual exige que se faça cada vez mais jornalismo, com uma apuração muito mais criteriosa”, destacou.
O jornalista Salomão de Castro ressaltou que se busca com o seminário tornar a sociedade mais consciente de que esse tipo de produto (fake news) que chega até ela "é nocivo, negativo, ruim para a democracia, péssimo para o jornalismo e para as pessoas". “É necessária uma postura mais responsável do cidadão em relação às informações, para evitar que notícias falsas sejam compartilhadas”, alertou.
O seminário prosseguiu à tarde com debates sobre os temas "As consequências do mau uso das mídias sociais” e " O uso das redes sociais como ferramenta de marketing pessoal". Outras informações sobre o evento nos links:https://goo.gl/Z8nWoh e https://goo.gl/MZsLXG
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