Você está aqui: Início Últimas Notícias AL debate construção de usina de dessalinização em Fortaleza
De acordo com o Governo do Estado, está prevista no local a construção da maior usina de dessalinização de água do mar do País. O equipamento terá a capacidade de produzir 1 m³/s de água, e o empreendimento vai incrementar a oferta de água na capital e Região Metropolitana em 12%. Ainda segundo o Governo do Estado, cerca de 720 mil pessoas serão beneficiadas na capital, abrangendo a área dos bairros Papicu, Varjota, Cidade 2000, Praia do Futuro, Caça e Pesca, Cais do Porto, Serviluz, Vicente Pinzón, Dunas, Aldeota e adjacências.
O presidente da CDHC, deputado Renato Roseno (Psol), autor do requerimento, informa que a audiência pública se faz necessária por conta dos potenciais impactos ambientais, sociais e urbanos que a obra poderá proporcionar. "Os estudos publicados sobre o impacto ambiental das plantas dessalinizadoras localizam como um dos maiores desafios a influência da salmoura nos atributos físico-químicos dos ecossistemas receptores. Registram-se impactos sobretudo em relação à salinidade e à temperatura da descarga de salmoura. Dessa maneira, os efeitos da pluma salina podem se fazer sentir a partir de metros ao redor da descarga, e a centenas de quilômetros em casos extremos", explica.
O parlamentar acrescenta ainda que a proximidade do empreendimento, previsto para uma região de circulação, lazer e desenvolvimento de atividades econômicas, alerta para a possibilidade de violação de direitos da população
fortalezense.
Outra preocupação, segundo o parlamentar, é com a contaminação acústica, que é descrita na literatura internacional, relativa aos impactos durante a construção de plantas dessalinizadoras e em sua fase de operação, principalmente o ruído advindo da sua fase de operação. Igualmente preocupante, conforme Roseno, é o ruído que se produz no momento de elevar a pressão de impulsão da água de alimentação por cima da pressão osmótica das membranas.
Foram convidados para o debate moradores, empresários do turismo e do lazer, pesquisadores, organizações sociais dos bairros afetados, ambientalistas e toda a coletividade cearense interessada no tema da segurança hídrica e no da conservação do meio ambiente.
WR/LF