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Internautas consideram mudanças do Plano Brasil Maior insuficientes - QR Code Friendly
Segunda, 16 Julho 2012 11:20

Internautas consideram mudanças do Plano Brasil Maior insuficientes

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Deve ser votada essa semana pelo Congresso Nacional a Medida Provisória 563/12 que estabelece regimes fiscais diferenciados e desonera produtos e a folha de pagamento de alguns setores. Essas mudanças fazem parte do Plano Brasil Maior, lançado pela presidente Dilma Rousseff em abril deste ano. O assunto foi tema da enquete do portal da Assembleia Legislativa entre os dias 9 e 16 de julho.

Durante este período, os internautas responderam à pergunta “As mudanças na legislação tributária no âmbito do Plano Brasil Maior podem estimular a economia?”. Dos participantes, 61,3% acreditam que “a decisão alcança apenas alguns segmentos e funciona como paliativo”; 25,8% consideram que “a medida é importante para incentivar o crescimento econômico, mas ainda deve ser ampliada”, e 12,9% são favoráveis ao Plano porque desonera produtos e a folha de pagamento de alguns setores.

Para o deputado Osmar Baquit (PSD), presidente da Comissão de Indústria, Comércio, Turismo e Serviço da AL, o governo precisa reduzir a burocracia e efetivamente liberar os recursos anunciados. “São medidas boas, mas se apenas anunciar e não liberar a tempo e com pouca burocracia de nada adiantará”, disse. Ele sugeriu ainda a redução dos juros e dos impostos para estimular o consumo no País.

O deputado Sérgio Aguiar (PSB) discorda da maioria dos internautas e considera que o Plano Maior terá grande abrangência. “Vários segmentos serão estimulados, tanto na geração intensiva de mão de obra quanto nas inovações tecnológicas. As medidas não ficarão restritas à indústria, mas chegarão a toda a cadeia próxima a ela”, afirmou.

Para o economista e professor universitário Marcelo Melo, o Governo Federal vem adotando apenas medidas pontuais e estímulos de curto prazo, que serão incapazes de gerar um crescimento de 5%, 6% como o Brasil precisa. “Desonerar folha de pagamento é importante no curto prazo, mas para um crescimento de longo prazo é importante elevar a taxa de poupança. Hoje a taxa é de 16%, enquanto países como a China somam 50%. Não é à toa que a China cresce 8%. É um país que investe em infraestrutura e educação, coisas que não fazemos aqui”, argumentou.

Na avaliação de Melo, o governo brasileiro está promovendo uma boa estabilidade econômica, porém está muito focado em quantidade. “Chegou o momento de investir em qualidade, em ensino técnico, em estradas boas, hospitais e aeroportos que atendam a demanda, além de reduzir a tributação das aplicações financeiras e fortalecer as instituições democráticas”, disse.

O Plano Brasil Maior prevê mudanças na legislação tributária para estimular a economia do País, que vem reduzindo seu ritmo de crescimento e enfrentando a crise internacional.
MM/AT

Informações adicionais

  • Fonte: Agência de Notícias da Assembleia Legislativa
  • E-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
  • Twitter: @Assembleia_CE
Lido 1287 vezes Última modificação em Segunda, 16 Julho 2012 12:47

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