Você está aqui: Início Últimas Notícias Vinte anos do primeiro transplante de coração no Ceará é lembrado na AL
Ao longo de duas décadas, o serviço de transplantes cardíaco deu novas chances a quase 400 pessoas que passaram pelo procedimento e pelo cuidado dos profissionais de diversas áreas que atuam de forma conjunta para o tratamento dos pacientes.
O deputado Leonardo Pinheiro (PP) afirmou que o evento busca “agradecer e homenagear a equipe que, de forma tão dedicada e abnegada, tem feito um grande serviço à sociedade cearense e a todo o Brasil”. Lembrando as dificuldades econômicas que o País passa, o parlamentar ressaltou o esforço das últimas gestões para que o serviço continue a acontecer, dando alegria e orgulho ao sistema de saúde cearense.
“Estamos aqui para reconhecer o trabalho e a dedicação de cada um que abraçou essa causa e transformou o Hospital de Messejana em referência”, afrimou o deputado Carlos Felipe (PCdoB). Ele citou o congelamento de gastos públicos e defendeu a necessidade de somar forças para avançar na saúde pública.
Entre os 20 homenageados da noite estavam Antônio Pereira de Moura, o primeiro transplantado e primeiro retransplante do HM; Francisco Wellington Tomé Chagas, primeiro transplantado cardíaco pediátrico; João David de Souza Neto, coordenador da Unidade de Transplante, Insuficiência Cardíaca e Assistência Circulatória do Hospital de Messejana, e Juan Alberto Cosquillo Mejia, coordenador cirúrgico de transplante cardíaco e médico que realizou o primeiro transplante cardíaco no Ceará.
Também foram homenageados representantes da tutoria em transplante cardíaco, da enfermagem, da reabilitação cardíaca, da nutrição, da farmácia, da assistência social, da psicologia, odontologia, ecocardiografia, patologia, anestesia e comunicação.
O médico Juan Mejia agradeceu em nome de toda a equipe que vem atuando há 20 anos e recebendo pacientes “quase no final da doença cardíaca”. Ele ressaltou que o Hospital de Messejana contribuiu muito para a área de transplantes no Brasil. “Os membros da equipe souberam mostrar seus resultados, enfrentar os problemas e tornar esse programa um interlocutor para a América Latina. Estamos apenas começando uma nova etapa, de ajustes, reflexão, de maior produtividade, de buscar fazer alianças para avançar ainda mais nos transplantes”, ressaltou.
O médico João David fez um agradecimento especial às famílias doadoras de órgãos que possibilitam que os transplantes sejam realizados. Lembrando da ideia inicial de “começar para nunca mais parar e ensinar” no Ceará, ele ressaltou que o Hospital de Messejana está, atualmente, entre as quatro maiores instituições transplantadoras de coração do Brasil, acolhendo pacientes de diversos estados.
O também homenageado cirurgião cardíaco pediátrico Valdester Cavalcante Pinto Júnior comentou que 10% dos quase 400 transplantes de coração realizados são pediátricos, mesmo com o desafio maior de ter doadores compatíveis. Ele chamou a atenção para a dificuldade de conviver com crianças que passam meses esperando corações, que, muitas vezes, não chegam, e reiterou o agradecimento às famílias doadoras e ao senso de responsabilidade dos profissionais.
Eliana Régia Barbosa de Almeida, coordenadora da Central de Transplante do Ceará e homenageada, ressaltou que, com o avanço dos procedimentos e novas tecnologias, o HM tem formado diversos profissionais, sendo reconhecido como grande centro tutor, prestando tutoria para cinco outros hospitais, além da participação em eventos internacionais.
Também compuseram a mesa da sessão solene Ana Lúcia Nocrato, diretora técnica do HM, representando o diretor geral do Hospital, Frederico Augusto de Lima e Silva, e Raimundo Barroso Filho, presidente da Associação dos Transplantados Cardíacos do Ceará.
SA/CG