Outros 29,3% consideram importante a promoção de campanhas - como a do Dia Mundial de Conscientização do Autismo -, levando informações à população, e a adoção de políticas públicas. Já 2,4% dos internautas consideram que o País é bastante avançado no enfrentamento ao problema e dispõe de políticas públicas eficazes.
Para o deputado Renato Roseno (Psol), as pessoas com deficiência, em geral, são vítimas de muita discriminação, e os seminários e debates são importantes para desmistificar os preconceitos e cobrar políticas públicas de educação, saúde e assistência. “É necessário também integrar as pessoas com autismo, com plena cidadania e direito à participação na sociedade, inclusive nos circuitos sociais e políticos”, assinalou.
A deputada Fernanda Pessoa (PR) ressalta que as escolas públicas e privadas precisam se preparar melhor para receber pessoas com autismo. “Nas escolas particulares, querem cobrar a mais quando o aluno tem deficiência, e na rede pública o atendimento é precário. Leis existem, mas precisamos fazer valer essas políticas, para que as pessoas com autismo sejam integradas na sociedade”, salienta.
A parlamentar também enfatiza a necessidade de preparar os profissionais da saúde para o diagnóstico precoce. “Quanto mais cedo diagnosticado o autismo, mais cedo a criança pode começar a ser acompanhada devidamente. Isso faz toda a diferença”, afirma.
Segundo o deputado Carlos Matos (PSDB), é importante ouvir os especialistas no assunto e seguir as orientações deles, com implantação de políticas de inclusão social. “Não podemos deixar de incluir as pessoas na sociedade. É necessário que os autistas sejam incluídos e tenham todo o aparato. Devemos sempre ouvir os especialistas nesses assuntos e fazer o que for possível para melhorar o processo de cidadania”, destaca.
Na avaliação da presidente da Associação Fortaleza Azul (FAZ), Fernanda Cavaliere, as escolas precisam estar mais bem preparadas para receber alunos com autismo. “Enquanto ainda são crianças menores, que a diferença cognitiva não é tão grande, os profissionais até sabem lidar com as crianças, mas, quando são jovens, é mais difícil”, explica. Segundo Fernanda, é preciso, além de preparar melhor os profissionais, fazer valer as políticas públicas para os autistas e combater o bullying que essas crianças sofrem nas escolas. A FAZ é uma entidade sem fins lucrativos formada por familiares de pessoas com autismo.
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