Você está aqui: Início Últimas Notícias Internautas mostram-se divididos sobre ocupações de escolas e universidades
A mesma quantidade de internautas (44,8%) defende que há alternativas, com manifestações em outros espaços e sem interferir no funcionamento das instituições. Outros 10,4% discordam das ocupações, pois entendem que a decisão da minoria de estudantes prejudica os demais alunos.
O deputado Ely Aguiar (PSDC) avalia que a classe política tem cometido muitos equívocos, contrariando a opinião pública. “As pessoas não encontram outro meio a não ser se manifestar. A manifestação é um direito justo, desde que não haja depredação do patrimônio público, agressões contra as pessoas, devendo ser de maneira pacífica, para chamar a atenção das autoridades. Todas as manifestações são válidas, desde que se respeitem os direitos dos outros”, defende.
Já o deputado Fernando Hugo (PP) afirma ser “radicalmente contrário” a ocupações de prédios públicos sem objetivo específico. “O prejuízo trazido pelo não funcionamento da estrutura púbica prejudica a sociedade como um todo. Nos últimos 30 anos, iniciou-se esse tipo de manifestação desordeira. Quase sempre os manifestantes deterioram o patrimônio público”, critica.
Para o presidente da Associação Juízes para a Democracia (AJD), André Augusto Bezerra, são legítimas as ocupações de escolas e instituições de ensino públicas em protesto contra a proposta que limita o teto para gastos públicos por 20 anos e contra a reforma do ensino médio.
Na avaliação dele, o movimento não transgride a legislação. "As ocupações, na forma que sucedem em escolas e universidades, consistem em exercício de liberdade de expressão que permite, aos coletivos, grupos e movimentos sociais, a atenção do Estado e da sociedade para as suas demandas. Representam, em outros termos, legítimo direito tutelado pela Constituição da República", comenta.
André Augusto Bezerra lembra ainda que, com o avanço da tecnologia, as manifestações ocorrem em diferentes espaços. “Na sociedade em rede, não é mais possível entender que vigore uma forma apartada de comunicação entre presentes de um lado e ausentes, do outro. Surgem, a todo momento, formas não usuais de manifestação, como é o caso das ocupações, que afetam um número considerável de pessoas, ganhando repercussão e gerando discussões sobre o evento”, ressalta.
JS/GS