Você está aqui: Início Últimas Notícias Internautas defendem mais debate sobre reforma do ensino médio
Para 77% dos internautas, essa não é a forma mais adequada, por se tratar de um tema complexo, que precisa ser discutido com maior profundidade e envolver educadores, comunidade escolar e sociedade. Já 16,4% concordam com a medida e defendem que há hoje uma falência do ensino médio. Para eles, a medida provisória pode agilizar a implantação de ações que garantam a mudança desse modelo. Outros 6,6% preferiram não opinar.
Na avaliação da deputada Fernanda Pessoa (PR), é preciso buscar um meio termo. Ela defende o diálogo com educadores e sociedade para aprofundar o tema, além de lançar mais propostas de melhoria da educação.
“A nossa educação precisa de mudanças. Percebemos que quem estuda em escolas públicas tem um ensino mais precário e, muitas vezes, não consegue uma boa qualificação, acabando como profissional menos qualificados”, avalia Fernanda Pessoa. Para ela, é preciso superar essa disparidade, com foco na primeira infância.
O deputado José Sarto (PDT) pondera que a discussão precisa de mais tempo e cuidado para que a proposta seja aperfeiçoada. “Precisamos sim de um debate mais aprofundado, pois estamos tratando do futuro dos nossos jovens. A educação é um tema caro para o nosso País, e não pode ser modificada sem a participação da população e de professores”, defende.
Já o deputado Fernando Hugo (PP) lembra que a sociedade cobra há muito tempo por mudanças na grade curricular das escolas. “Essa medida provisória possui um conteúdo excelente, como o caso da opção por certas disciplinas, visto que muitos jovens já estão certos da carreira que querem seguir e sabem que certas disciplinas não se encaixam nas grades curriculares de determinados cursos, porém precisa ser amplamente debatido”, comenta.
Para a professora da Faculdade de Educação da UFC, Carmensita Matos Braga Passos, o resultado indica que as pessoas concordam que uma reforma no ensino deve ser feita ouvindo, principalmente, as pessoas que estão mais diretamente envolvidas com a educação. "Todas essas matérias - incluindo educação física, sociologia, filosofia e artes - são áreas de fundamental importância para a formação integral do sujeito. Se a reforma porventura tiver de acontecer, que não seja por meio de uma medida provisória, mas sim por meio das bases que fazem e vivem isso diariamente", defende.
LA/GS