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Internautas apontam falta de políticas de combate à violência contra o idoso - QR Code Friendly
Segunda, 20 Junho 2016 11:52

Internautas apontam falta de políticas de combate à violência contra o idoso

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A enquete do Portal da Assembleia Legislativa perguntou aos internautas, na semana de 13 a 20 de junho,  se o Brasil possui políticas públicas voltadas ao combate à violência contra os idosos. Para 73,2% dos participantes  a resposta foi “não, falta tanto ao Estado como à sociedade mecanismos para prevenir, identificar e encaminhar os casos de violência contra essa faixa etária”.  Outros  17,2% escolheram a opção “sim, o estatuto do idoso prevê uma série de medidas de proteção e promoção ao envelhecimento digno e saudável".  Enquanto 9.8% preferiram não opinar.

Para a deputada Fernanda Pessoa (PR) as políticas públicas de combate à violência contra o idoso ainda não são inteiramente eficientes. "Acredito que temos ainda um longo caminho para combatermos a violência e oferecermos um envelhecimento saudável digno”, avalia. Segundo a parlamentar, há políticas públicas que garantem a punição ao agressor. Mas faltam políticas de conscientização.

“O que dificulta o processo de um dia acabarmos com a violência é que os agressores são geralmente membros da família. São parentes próximos e muitos casos acabam nem sendo denunciados. Precisamos mudar o nosso comportamento antes de tudo. Só no Brasil, existem quase 20 milhões de pessoas idosas que representam 11% da população. É sim preciso fortalecer uma rede integrada de atendimento aos idosos, em todo o  País,” diz a deputada.

Para o deputado Heitor Férrer (PSB), o combate à violência contra o idoso depende muito fortemente de um controle social, além de políticas públicas. “De nada adianta uma legislação moderna e órgãos fiscalizadores se o próprio idoso e as pessoas que lidam diretamente com ele não agirem de conformidade com o que preceitua a legislação, nem são capazes de promover as denúncias aos órgãos competentes quando dispositivos legais forem infringidos. “A violência contra o idoso é um fenômeno mundial e combater os abusos é sempre problemático em qualquer sociedade. No entanto, devemos estar atentos para que as políticas públicas sejam cada vez mais eficientes”, assinala o deputado.

De acordo com a advogada Cristina Hoffman, coordenadora de Saúde Pública da Pessoa Idosa do Ministério da Saúde, frequentemente, o idoso se cala sobre os abusos físicos que sofre e se isola para que outros não tomem conhecimento desse tipo de violência, prejudicando sua saúde mental e a sua qualidade de vida.  

Conforme apontou, as estatísticas mostram que, por ano, cerca de 10% dos idosos brasileiros morrem vítimas de homicídio. “A incidência comprovada no mundo inteiro é que de 5% a 10% dos idosos sofrem violência física visível ou invisível e que pode ou não provocar a morte”, acrescenta Cristina.

Ela assinala ainda que aviolência contra a pessoa idosa não está relacionada apenas a agressão física. “A negligência, por exemplo, foi a principal forma de violência praticada contra os idosos brasileiros nos últimos três anos. O descuido é caracterizado pela omissão dos familiares ou instituições responsáveis pelos cuidados básicos para o bem estar físico, emocional e social da população, a partir dos 60 anos”, pontua.

JS/AT

Informações adicionais

  • Fonte: Agência de Notícias da Assembleia Legislativa
  • E-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
  • Twitter: @Assembleia_CE
Lido 1482 vezes Última modificação em Segunda, 20 Junho 2016 16:53

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