Você está aqui: Início Últimas Notícias Secretaria da Cultura define data para pagamento a mestres da cultura do CE
Fabiano Piúba garantiu que “não há atrasos em relação aos pagamento dos mestres”. O valor do auxílio é de um salário mínimo. O secretário ressaltou que, no Plano Estadual de Cultura do Ceará, há uma meta que prevê a reforma da lei dos mestres da cultura e o aumento, em um terço, no número de mestres contemplados, chegando ao total de 80 pessoas. Fabiano Piúba informou ainda que os mestres da cultura vão receber o título de Notório Saber em Cultura Popular pela Universidade Estadual do Ceará (Uece).
O deputado Renato Roseno (Psol), requerente da audiência, lembrou que há “um debate de renovação do marco legal dos mestres da cultura”. Na avaliação dele, a cultura popular está ameaçada pelo avanço da indústria cultural. O parlamentar defendeu a reavaliação do orçamento, do marco legal e da própria estruturação do Programa Mestres da Cultura.
Segundo a coordenadora de Patrimônio da Secult, Carolina Ruoso, “seria interessante a criação de um código de patrimônio” que tratasse a temática de forma mais ampla e integrada às questões ligadas a ela, revisando e unificando, assim, as atuais leis existentes.
O mestre da cultura de Juazeiro do Norte, José Stênio Diniz, cobrou uma política voltada para a divulgação do trabalho deles. “Quantas cidades, em três anos, eu poderia ter percorrido e quantas pessoas teriam o conhecimento daquela técnica?”, questionou. Já a mestra da cultura da tribo Jenipapo-Kanindé, cacique Pequena, defendeu a escolha de mais representantes indígenas no programa.
Para o pesquisador e diretor teatral Oswald Barroso, a “casa de um mestre da cultura é uma escola, oficina, lugar de agregação, ponto turístico”. Ele ressaltou que os conhecimentos dos diferentes mestres “abarcam todos os saberes humanos”.
A pesquisadora e ex-superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) Olga Paiva alertou para os riscos da expansão econômica para a cultura tradicional e popular. “As comunidades no Ceará estão ameaçadas por grandes empreendimentos”, avaliou.
Também participaram da audiência a coordenadora de Arte, Cultura e Patrimônio da Pró-Reitoria de Extensão da Uece, Ana Cristina Moraes, além de artista, pesquisadores e membros da sociedade civil organizada.
GS/AP