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Maioria dos internautas defende funcionamento do serviço Uber - QR Code Friendly
Segunda, 16 Mai 2016 10:22

Maioria dos internautas defende funcionamento do serviço Uber

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A enquete do Portal da Assembleia Legislativa que foi ao ar entre os dias 09 e16/05 indagou aos internautas se o funcionamento do serviço de transporte Uber deve ser liberado no Ceará. Dos que participaram, 76,5% escolheram a resposta “sim, é uma opção de renda para o cidadão que não deseja trabalhar unicamente como taxista”. Outros 22,2% optaram pela opção “não, é preciso ser regulamentado de acordo com a legislação do País. Já 1,2% preferiu não opinar.

O deputado Renato Roseno (Psol) explicou que concorda com a maioria dos internautas favoráveis ao serviço. Porém, defende que o Uber deve funcionar como qualquer outra atividade comercial ou laboral, necessitando ser regulamentado, por meio de legislações próprias. “Em Nova York, os táxis convencionais foram inseridos nos aplicativos. Assim, defendo que deve haver um controle, inclusive dos aplicativos, para que nenhum setor fique prejudicado. É inimaginável que o Uber fique sem uma regulamentação, em detrimento das outras categorias de transporte”, frisou o parlamentar.

O deputado Capitão Wagner (PR) é favorável ao funcionamento do serviço de transporte alternativo, assim como a maioria dos internautas que responderam à enquete. Mas defende que o Uber, para funcionar em Fortaleza, ou qualquer outra cidade, deve se submeter a uma legislação que regulamente o serviço. “É uma atividade como qualquer outra. No entanto, ainda não existem leis em Fortaleza que delimitem o serviço, assim como já aconteceu em outras cidades brasileiras, como Rio de Janeiro e São Paulo”. Para o deputado do PR, qualquer atividade comercial deve recolher impostos para o município. Portanto, não caberia à Assembleia Legislativa produzir essas leis, mas sim às câmaras municipais e prefeituras.

O professor Waldemiro de Aquino Neto, do Grupo de Transportes, Trânsito e Meio Ambiente da Universidade Federal do Ceará, com doutorado em Engenharia de Transportes pela Universidade de São Paulo, explica que todo o sistema de transporte de passageiros de uma cidade tem que passar por estudos para dimensionamentos. Ou seja, o número de ônibus, táxis, mototáxis e transportes alternativos deve conter um contingente que atenda a demanda de forma eficiente, mas, no entanto, não pode exceder um certo número, para que não haja concorrência predatória entre os diversos modais, esclarece.

“Um novo serviço, como o Uber, deve ser regulamentado não apenas para recolher impostos e oferecer competitividade aos táxis, mas também para que o número de veículos ofertados não force os demais serviços de transporte individual à extinção”, frisou o professor. Ele avalia ainda que, se hoje os serviços de Uber são mais baratos e oferecem vantagens ao usuário, como revistas de leitura e água mineral, nada assegura que, uma vez esmagada a concorrência, os preços da corridas não irão subir ou a qualidade do serviço cair.  

JS/CG

Informações adicionais

  • Fonte: Agência de Notícias da Assembleia Legislativa
  • E-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
  • Twitter: @Assembleia_CE
Lido 1452 vezes Última modificação em Terça, 17 Mai 2016 09:22

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