Para Elmano Freitas, “é preciso uma política ecológica urgente no Ceará” para resolver o problema. Já o deputado Renato Roseno (Psol) afirmou que é preciso propor um novo modelo agropecuário. “Do ponto de vista ambiental, econômico e social, a agroecologia é a melhor saída”, defendeu. E o deputado Zé Ailton Brasil (PP) avaliou que o debate “é o início de uma agenda para mudar essa realidade”.
Segundo o secretário do Desenvolvimento Agrário do Estado, Dedé Teixeira, a política agrícola implantada no Ceará tem gerado avanços. Como exemplo, ele citou programas que fortalecem a produção familiar.
Dedé Teixeira informou ainda que há ações do Estado para diminuir o uso de agrotóxicos. “O Programa Alimentos Seguros (PAS) tem o objetivo de reduzir os riscos de contaminação dos alimentos e reduz os riscos das doenças transmitidas por alimentos. A nossa intenção é duplicar o número de famílias que participam desse programa”, ressaltou.
Já a coordenadora de Desenvolvimento Sustentável da Secretaria do Meio Ambiente do Estado (Sema), Viviana Gomes, afirmou que o órgão tem trabalhado a educação ambiental e disciplinado o uso de agrotóxicos.
Para Viviana Gomes, é preciso uma revisão na lei estadual com foco nessa temática. “Os agrotóxicos são importantes para o desenvolvimento, porém, sua utilização deve ser realizada dentro das práticas sustentáveis”, defendeu. Diversos representantes de movimentos sociais disseram que o Estado do Ceará precisa apresentar soluções urgentes antes que doenças graves possam acometer as pessoas.
O evento contou ainda com a participação do coordenador de Formação da Secretaria da Agricultura Familiar do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Cássio Trovato; do dirigente do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) Ricardo de Oliveira; da representante da Articulação do Semiárido Brasileiro (ASA), Cristina Nascimento; do representante do movimento de Quilombolas e Pescadores, João do Cumbre, e do presidente da Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares no Estado do Ceará (Fetraece), Luiz Carlos Ribeiro.
DF /GS