Você está aqui: Início Últimas Notícias Aumento no número de creches no Ceará é defendido em audiência pública
Para a deputada Rachel Marques (PT), requerente da audiência, o tema deverá entrar nas discussões da Casa devido aos debates sobre o Plano Estadual de Educação. Ela informou também que o governador do Ceará, Camilo Santana (PT), já anunciou que pretende construir mais de 100 novas creches no Estado.
A coordenadora de Política para as Mulheres do Sindicato dos Comerciários de Fortaleza (Sindcomerciários), Ruth de Oliveira, informou que Fortaleza tem 150 mil comerciários e, desse, aproximadamente 50% são mulheres. Segundo ela, essas profissionais enfrentam dificuldades por não encontrarem vagas em creches próximas ao trabalho. Ela defendeu a instalação de creche no Centro para atender as trabalhadoras daquela região.
Segundo a coordenadora de Políticas para Mulheres da Prefeitura de Fortaleza, Márcia Aires, será aberta licitação para construir 47 creches. Ela lembrou que as empresas também são obrigadas, por lei, a oferecer creche para os filhos dos funcionários.
A coordenadora de Educação Infantil da Secretaria Municipal da Educação (SME), Luiza Brilhante, informou que a Prefeitura está avaliando alguns prédios, inclusive no Centro, para abertura de novas creches. Ela disse que a SME fez um levantamento que identificou 38 bairros de Fortaleza que não possuem creches e, por isso, serão prioridade para a abertura de novas unidades.
De acordo com a gerente de Educação do Serviço Social do Comércio (Sesc-CE), Silvia Maia, os três primeiros anos de vida são os mais importantes para o desenvolvimento e, por isso, essa etapa deve ser priorizada.
Na avaliação da representante do Movimento Organizado dos Trabalhadores Urbanos (Motu), Antonia Erivânia, a ampliação das vagas nas creches, com a oferta de um serviço de qualidade, irá beneficiar toda a sociedade. Ela ressaltou que moradores de conjuntos habitacionais do programa Minha Casa Minha Vida têm tido dificuldade de encontrar creches e escolas primárias nas proximidades das residências.
Já a representante da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Ozaneide de Paula, criticou a falta de opção de creches em tempo integral, tanto em Fortaleza como no Interior. Ela defendeu a capacitação dos profissionais que cuidam das crianças para, assim, oferecer um serviço com mais segurança e qualidade.
Também participaram da audiência pública o titular da Secretaria do Trabalho, Desenvolvimento Social e Combate à Fome de Fortaleza (Setra), Cláudio Ricardo Gomes; o representante da Secretaria da Educação (Seduc) do Estado, Henrique César Martins Gomes; os representantes do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino Particular do Ceará (Sinepe-CE), Airton Oliveira e Reinaldo Teixeira; e o vice-presidente do Sindicato do Comércio Varejista e Lojista de Fortaleza (Sindilojas), Alberto Farias.
JM/GS