Você está aqui: Início Últimas Notícias Internautas dizem que estatuto pode melhorar vida de pessoas com deficiência
O deputado Júlio César Filho (PTN) disse concordar com os internautas que opinaram favoravelmente à nova legislação, aprovada pelo Senado Federal e sancionada em 6 de junho passado pela presidente Dilma Rousseff, acentuando que a lei poderá introduzir uma maior consciência para o conjunto da sociedade sobre os direitos das pessoas com deficiência.
Para o parlamentar, as pessoas com deficiência ainda têm pouca visibilidade na sociedade, por isso, a luta pelos direitos desse contingente da população, que corresponde a cerca de 24% dos habitantes do País, segundo dados do IBGE, ainda é muito incipiente.
“Houve alguns avanços nos últimos anos, como a criação de veículos coletivos com acessibilidade, algumas calçadas adequadas para pessoas com deficiência visual, mas ainda não havia um instrumento legal que definisse quais são mesmo os direitos das pessoas com deficiência”, acentuou Júlio César.
O deputado Heitor Férrer (PDT), por sua vez, observou que as cidades do País ainda não são planejadas para incluir as pessoas com deficiência. “Basta andar em qualquer rua para perceber a desigualdade entre as calçadas, transformadas em obstáculos intransponíveis para cadeirantes. Nos cruzamentos, não há sinais sonoros para os deficientes visuais e não há aparelhos telefônicos públicos para pessoas surdas.
O deputado espera que o estatuto sancionado não se transforme em letra morta e signifique avanços na conquista dos direitos das pessoas com deficiência. “É ainda uma legislação muito recente. Portanto, devemos ficar todos atentos, para cobrar das autoridades a sua aplicação”, pontuou.
A fisioterapeuta Hélia Pamplona, do Hospital Geral de Fortaleza, esclarece que é comum ver pessoas que são obrigadas a usar cadeira de rodas por um breve período reconhecerem o quanto é difícil para a pessoa com deficiência definitiva fazer as coisas mais simples. Ela admitiu que o novo estatuto pode trazer benefícios para o conjunto da sociedade, “já que essas pessoas que ainda são, de certa forma, discriminadas poderão contribuir com a sua força de trabalho, desde que dadas as condições necessárias”.
JS/CG