Você está aqui: Início Últimas Notícias Internautas priorizam despesas fixas em tempos de crise econômica
A maioria dos participantes, 75%, disse priorizar o pagamento das despesas fixas com moradia, alimentação e educação, e pesquisar preços antes de comprar. Outros 16,7% preferem não se endividar no longo prazo, economizando algum extra e programar com antecedência as férias. Já 8,3% dos que responderam a consulta não concordam que o Brasil esteja passando por tempos difíceis.
A deputada Fernanda Pessoa (PR) segue a opinião da maioria ao defender que é preciso “mesmo priorizar o pagamento com as despesas fixas”. Na avaliação dela, a adoção de medidas preventivas para lidar com as crises financeiras pode evitar fatos imprevisíveis.
Para o deputado Professor Teodoro (PSD), o resultado da enquete mostra que as pessoas estão muito mais conscientes de que dinheiro não dá em árvores e precisa ser bem administrado. “De fato aquelas despesas essenciais como o aluguel, e vitais para a sobrevivência, como a alimentação e a educação, dependem da boa gestão que a gente fizer do nosso próprio dinheiro. Que bom sentir que aqueles que participaram da enquete estão atentos e compreendendo bem os tempos difíceis que estamos vivendo”, pontuou.
Já o deputado Agenor Neto (PMDB) destacou que a consulta demonstra que a maioria dos internautas está ciente da crise que atravessa o país. “O que se deve fazer é estabelecer prioridades e adotar um planejamento para superar as dificuldades enquanto elas durarem”, ressaltou o parlamentar.
O economista Alex Araújo disse que não há dúvidas de que “estamos passando por uma das piores crises financeiras dos últimos dez anos”. Segundo ele, o Estado está com dificuldades de investir, a inflação se acelera e já beira os 10% ao ano, o endividamento das famílias explodiu e o mercado de trabalho dá mostras de esgotamento. “Nesse contexto, a organização das finanças pessoais é essencial para a preservação da qualidade de vida das famílias e a priorização de pagamento é uma atitude racional, preservando o poder de compra para aquilo que é básico para a manutenção”, ponderou.
Alex Araújo destacou que, em primeiro lugar, “é muito importante que nesses tempos de vacas magras se exercite a elaboração do orçamento familiar, listando receitas (rendimentos, salários, etc.) e despesas da casa, incluindo a prioridade para a manutenção e as datas de vencimento das obrigações”. No entender do economista, o orçamento ajuda a ver o tamanho do sacrifício que precisa ser feito para se preservar o básico.
Em segundo lugar, sugeriu “um controle rigoroso das despesas, cortando aquilo que não é essencial ou que pode ser considerado supérfluo. Depois, deve-se evitar o pagamento de juros e o crescimento do endividamento: os juros são serviços das dívidas e não renda consumida. Cartões de crédito e cheque especial devem ser evitados a todo custo, tendo em vista a elevada taxa de juros que utilizam para o financiamento”.
Para o economista, é fundamental que se exercite ainda o hábito de poupança, servindo tanto para os sonhos de longo prazo (viagens, aquisições importantes, etc.) e para fazer frente a necessidades ocasionais.
LS/CG