Você está aqui: Início Últimas Notícias Internautas querem paz, segurança e igualdade social em 2015
Para o deputado Paulo Facó (PTdoB), a enquete revela o clima de insegurança que ainda persiste no Estado, apesar dos avanços conquistados no último ano do Governo Cid Gomes. “As pessoas que têm melhor condição financeira continuam vendo na insegurança o maior problema para uma vida de paz”. O parlamentar observou que a visão de melhoria dos índices de segurança está associada a uma menor desigualdade social.
Paulo Facó acrescentou que a opção “dinheiro no bolso, saúde e educação”, mesmo com menor percentual entre os internautas que participaram da consulta, alcançou índice bastante elevado de escolha. Para o deputado, tal fato está vinculado aos serviços públicos nas duas áreas, que, apesar dos esforços do Governo do Estado, ainda precisam de aperfeiçoamento para chegar a uma condição ideal.
“O fracasso da política de segurança do governo Cid Gomes reflete na população. A sociedade se sente insegura”. Foi o que declarou o deputado Heitor Férrer (PDT). Segundo ele, há uma expectativa muito grande dos cearenses de que o próximo governante priorize o setor e realize os investimentos com racionalidade. “A enquete deve refletir esse sentimento de cobrança sobre a nova administração que está se iniciando”, avaliou.
O parlamentar destacou ainda que a opção “menos impunidade, mais justiça, respeito e solidariedade”, a segunda mais votada, deve ser reflexo das últimas notícias de corrupção relacionadas à Operação Lava Jato, que levou empresários e executivos à cadeia. “Há um clamor social cobrando leis mais duras para quem comete crimes, independente da classe social do implicado. A população não suporta mais ver a impunidade prevalecendo”, pontuou.
Mestre e doutoranda em ciência política pela Universidade Federal do Ceará (UFC), Paula Vieira assinalou que o elevado índice de pessoas que elegeram, na enquete, paz, segurança e igualdade social como prioridade, reflete o sentimento de insegurança que reina na sociedade. “Há a percepção de que as desigualdades sociais são causadoras da insegurança também. Assim, numa perspectiva mais ampla, só seria possível segurança para todos se houvesse paz e igualdade ou menos desigualdades entre todos”, frisou.
Paula Vieira considerou um fato curioso que a opção "saúde e educação, com dinheiro no bolso" tenha sido a opção menos escolhida. Para ela, esse resultado pode ser um reflexo do perfil socioeconômico dos que respondem à enquete. “Acredito que as pessoas de classe média, mais esclarecidas, continuam tendo na insegurança seu maior problema. Acredito que entre as classes menos favorecidas, que necessitam de serviços públicos, por limitações econômicas, saúde e educação continuam sendo questões cruciais.
JS/AT