O parlamentar informou que a Comissão de Desenvolvimento Regional, Recursos Hídricos, Minas e Pesca da AL irá enviar para o Ministério da Integração os 56 itens da Declaração da Caatinga para reforçar o pedido de valorização deste bioma.

A presidente do Conselho de Políticas e Gestão do Meio Ambiente do Estado do Ceará (Conpam), Maria Tereza Bezerra Farias Sales, citou diversas ações e enfatizou as realizações do Projeto Mata Branca de Conservação e Gestão Sustentável do Bioma Caatinga, elaborado e implantado nos estados do Ceará e da Bahia, com o objetivo de contribuir para a preservação, conservação e manejo sustentável da biodiversidade da Caatinga, com a introdução de práticas de desenvolvimento sustentável.

O presidente do Instituto Nordeste XXI, Francisco Bezerra, falou sobre a Conferência Nacional da Caatinga, com a presença de representantes de oito estados do Nordeste e Minas Gerais, realizada há dois anos. O encontro resultou na Declaração da Caatinga, que estabelece compromissos e metas para o fomento do desenvolvimento sustentável e pede que o bioma seja incluído como patrimônio nacional na Constituição Federal.

A gerente do Departamento de Recursos Hídricos e Meio Ambiente da Funceme, Margareth Carvalho, explicou que a Caatinga é muito vulnerável. Segundo ela, quase 50% desse território está ocupado por agropecuários e cerca de 30% dessa área está degradada.

O superintendente do Incra no Ceará, Roberto Gomes, ressaltou que a Caatinga tem grande importância cultural para os nordestinos. Ele explicou que o Incra possui 440 assentamentos no Estado e que em 70 deles são realizadas ações de preservação desse bioma. Roberto Gomes ressaltou ainda que é importante ter uma visão de sustentabilidade e ações de turismo rural.

O gestor ambiental do Ibama, Rômulo George de Sales Silveira, afirmou que os encontros entre representantes dos órgãos que tratam do tema precisam ser mais frequentes e que as ações têm que ser mais impactantes, já que mais de 27 milhões de pessoas habitam nesse bioma.

A diretora-presidente da Associação Asa Branca, Kelma Nunes, acredita que houve avanços e que é possível avançar mais na proteção da Caatinga. Para ela, é importante que as políticas governamentais se equilibrem em três pilares: ambiental, social e econômico.
JM/LF