A deputada Fernanda Pessoa (PR) é uma defensora de campanhas de vacinação contra HPV e já apresentou projeto de indicação direcionado para a prevenção da doença em meninas de 11 a 13 anos. “Trata-se de uma matéria que sugeria ao Poder Executivo a disponibilização da vacina contra o HPV e câncer de colo de útero nas unidades de saúde públicas do Estado, mas, infelizmente, não foi sancionada pelo governador Cid Gomes”, informa a parlamentar.

Ainda segundo a republicana, 50% das mulheres morrem em cinco anos após o diagnóstico da doença, e ações como a vacinação nacional contra o HPV, lançada em março pelo Ministério da Saúde, em que cerca de cinco milhões de meninas de todo o Brasil deverão ser imunizadas contra o papilomavírus humano, são de fundamental importância.

O deputado Lula Morais (PCdoB) também ressalta a importância da vacinação contra o HPV para as jovens do País. “Essa vacina vai possibilitar a imunização das mulheres, nesse caso na faixa da adolescência e puberdade, configurando um ganho extraordinário para a nossa juventude, que vai se proteger desse problema que causa uma mortalidade altíssima das mulheres do nosso País”, pontuou o parlamentar.

O médico e pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Odorico Monteiro, ao analisar o resultado da enquete, afirmou que é necessário esclarecer para as pessoas que acham que a vacina estimularia a sexualidade precoce que não há nenhuma relação entre as duas.“Acreditamos que a sexualidade deva ser discutida na escola, na família, que não seja encarada como tabu, como algo proibido, e deixar bastante claro que qualquer movimento de conscientização da sociedade ou ação de prevenção não seja confundida com o estímulo à sexualidade precoce”, salienta o médico.

Ainda segundo Odorico Monteiro, o Brasil tem um dos melhores calendários de vacinação do mundo, e uma parceria entre o Instituto Butantan e o laboratório que produz a vacina estará progressivamente transferindo tecnologia para o Instituto produzir e universalizar a vacina no País.   
RG/CG