Você está aqui: Início Últimas Notícias Projeto prevê utilização de energia renovável em moradias de baixa renda
Segundo Sérgio Aguiar, o debate teve o objetivo de popularizar e mostrar à sociedade como são criadas as energias renováveis e como elas podem ser utilizadas como mini e microgeração de energia no Estado. “Além da economia no bolso do consumidor, a geração de energia distribuída, como mini e microgeração, constitui um importante avanço para a consolidação das fontes renováveis do País”, destacou o deputado.
Durante o encontro, a presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), Élbia Melo, deu destaque para a resolução da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) nº 482/2012, que estabelece condições gerais para o acesso a energias renováveis, no caso solar, de microgeração e minigeração, permitindo que os brasileiros possam gerar energia em suas próprias casas e receber desconto nas contas de luz.
“Os investimentos para a minigeração de energia eólica tomaram força no Brasil após 2009. Depois da resolução da Aneel, esses investimentos vieram à tona e o setor de energia renovável pode apostar. Atualmente, o Brasil ocupa o 15º lugar no ranking mundial de países produtores de energia renovável e os parques estão instalados nas regiões Nordeste e Sul”, explicou.
Segundo o representante da Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará (Adece), Cláudio Frota, o Estado ainda precisa enfrentar grandes desafios para popularizar as energias renováveis. “O primeiro desafio é o ajuste político para o incentivo desse setor, além da diminuição do custo para adquirir energia renovável em casa, que atualmente não condiz com o público que precisa ser atingido”, acrescentou.
Mesmo com os desafios que precisam ser enfrentados para popularizar o uso de energias renováveis, o secretário da Câmara Setorial de Energia Eólica, que funciona no âmbito da Adece, Fernando Ximenes, afirmou que o Ceará tem altíssimo potencial de vento que são ideais para a produção de energia eólica devido à rápida velocidade e às suas fortes cargas. “Nosso Estado, sobretudo nas regiões praianas, possui ventos úmidos, que são pesados e agilizam a produção dessa energia. As energias renováveis precisam ser vistas como uma alternativa primária, não como uma segunda opção”, finalizou.
A audiência pública foi realizada pela Comissão de Desenvolvimento Regional, Recursos Hídricos, Minas e Pesca e contou, ainda, com a presença do deputado Dedé Teixeira (PT) e o gerente de engenharia da Coelce, Elias do Carmo.
MA/JU