Você está aqui: Início Últimas Notícias Internautas querem mais policiamento para conter violência nos estádios
O empresário Cléber Paz, ex-dirigente da TUF (Torcida Uniformizada do Fortaleza), diz que há uma série de medidas que podem ser adotadas para garantir a segurança dos torcedores. “Em São Paulo, por exemplo, cada torcida só acessa o estádio por ruas e avenidas pré-determinadas, evitando o encontro entre elas, e os previsíveis atos de violências provenientes dos confrontos.”
Cléber observa que há vários pontos da cidade onde são recorrentes os atos de violências entre as torcidas. Entre estes, aponta os terminais de ônibus e a Praça da Cruz, no bairro Serrinha. Segundo ele, o policiamento nesses locais poderia ser reforçado. “Os terminais poderiam ser divididos e cada torcida só teria acesso a um dos lados”, sugere.
O ex-dirigente esclareceu que em São Paulo também foi adotado o modelo de escoltas policiais para os comboios de ônibus, saindo diretamente das sedes das torcidas organizadas Na avaliação de Cléber, esse tipo de transporte de torcedores evitaria os prováveis conflitos no entorno dos estádios.
De acordo com o líder do Governo na Assembleia Legislativa, deputado José Sarto (PSB), na reforma e ampliação da Arena Castelão houve a preocupação em aprimorar o monitoramento das ações dos torcedores e coibir a violência no estádio. Segundo ele, o Castelão dispõe de 240 câmeras, instaladas em pontos estratégicos. As imagens são controladas por um sistema de comando, que funciona 24 horas.
O parlamentar ressalta ainda que, em dias de jogos, a Arena conta com esquema especial da Polícia Militar, além da Polícia Civil e do Juizado Especial, com xadrez para casos em que o torcedor é flagrado cometendo infração.
O deputado Paulo Facó (PTdoB) considera que a violência em praças esportivas é um fenômeno registrado em todos os países. “O problema chegou a ter proporções desastrosas na Inglaterra, um das nações com melhores índices de educação do mundo”, assinala.
Para ele, não adianta só procurar transpor os modelos de segurança de outros países para a nossa realidade. “Há procedimentos de outras regiões que podemos até adaptar ao nosso caso, mas somos diferentes e temos de promover estudos para que o modelo adotado seja o mais eficiente possível”, pontua.
JS/AT