Para ampliar o debate, a enquete "Pergunte ao Deputado", veiculada no Portal da Assembleia Legislativa desde fevereiro, trouxe a pergunta "A internação compulsória de usuários de droga é a melhor maneira de enfrentar o problema da dependência química?". O resultado da enquete mostrou que 37,5% das pessoas optaram por essa pergunta para ser feita aos parlamentares.
Para o deputado Wellington Landim (PSB), que defende a internação compulsória, um dos principais argumentos são os números. Ele afirma que 25% dos dependentes químicos morrem por crimes, e outros 25% por doenças relacionadas ao uso de drogas e condições precárias em que vivem. “O tratamento do crack é mais difícil, porque o usuário demora a admiti-lo”, afirmou. O projeto de indicação n.º125/12, de autoria de Landim, institui o Sistema Estadual de Internação Compulsória de Dependentes Químicos no Ceará.
A deputada Bethrose (PRP), que preside a Comissão da Infância e Adolescência da AL, acredita que é preciso aprofundar o debate, porque questões como a falta de leito têm que ser resolvidas. "Temos que encontrar soluções viáveis para minimizar esse terrível problema social", declarou. O deputado Fernando Hugo (PSDB) também apoia a internação compulsória.
Ele fez um apelo na última semana, em plenário, para que os representantes de todos os partidos se unissem para encontrar respostas à questão da desintoxicação e ressocialização dos dependentes químicos. O deputado Leonardo Pinheiro (PSD), presidente da comissão de Seguridade e Saúde, também se posiciona favorável à internação compulsória.
Para a deputada Rachel Marques (PT), a internação compulsória pode ser necessária em casos extremos. “Mas é preciso toda uma política no que diz respeito à prevenção e ao tratamento”, afirma.
A seção “Pergunte ao Deputado” lança três opções de perguntas ao mês e os internautas apontam qual a que deve ser respondida pelos parlamentares. Após a contagem dos votos, a escolha é divulgada e, junto com ela, são produzidas matérias sobre o tema.
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