Neste mês de dezembro, foram apresentadas as seguintes perguntas: “Qual deve ser a prioridade dos gestores que assumem as prefeituras em primeiro de janeiro?”, que obteve 20% das preferências; “O crescimento da violência no País tem sido atribuído principalmente ao avanço no consumo e comércio de drogas. Como atacar esse problema tão complexo que envolve não apenas a criminalidade, mas o aspecto da saúde pública?”, com 20% e “Por que as medidas adotadas até hoje pelo Governo não conseguiram solucionar definitivamente o problema da seca que penaliza, sobretudo, o Nordeste? Qual sua sugestão para resolver essa questão”, com 60%.
A última questão, com maior número de indicações foi respondida pelos deputados Roberto Mesquita (PV) e Welington Landim (PSB), que têm mandatos voltados, entre outros temas, à defesa do homem do campo e de comunidades interioranas.
Welington Landim disse que, desde que assumiu o primeiro mandato como deputado estadual, em 1995, luta por uma pacífica convivência com a seca. “Logo no primeiro momento empreendi um movimento envolvendo não apenas o Ceará, mas também da Paraíba, Rio Grande do Norte e Pernambuco, para a execução do projeto de transposição de águas do rio São Francisco. Chegamos a colher um milhão de assinaturas num abaixo-assinado que percorreu os quatro estados”, lembrou o parlamentar. O abaixo-assinado foi entregue ao então presidente Fernando Henrique Cardoso, porém a execução do projeto de transposição só foi iniciada no Governo Lula e tem seguimento no Governo Dilma.
Para Welington Landim, não é possível acabar com a seca, que é cíclica, “mas podemos conviver com ela”, frisou. E a transposição seria, justamente, a grande solução. “Com água não morreria gado e a plantação floresceria. O problema do Nordeste é só a falta d’água. Assim, esperamos providências urgentes por parte do Governo Federal na agilidade das obras e na conclusão do projeto”, afirmou.
O deputado Roberto Mesquita (PV) concorda que o problema da seca é realmente cíclico, por isso são necessárias medidas efetivas para compensar os efeitos da estiagem, como a construção de cisternas, poços profundos, dessalinizadores e construção de silos para a preservação de alimentos para o rebanho.
“Os carros-pipa ainda são necessários, porque não foram construídas as adutoras necessárias para a distribuição eficiente da água”, disse o deputado, prevendo uma situação ainda mais grave em 2013, se perdurar a seca, sem a adoção das medidas sugeridas.
JS/CG