Dados de fevereiro de 2021 indicam que, devido ao fechamento massivo de escolas, cerca de 120 milhões de crianças em idade escolar já haviam perdido ou corriam o risco de perder um ano letivo completo de educação presencial, com graves impactos educacionais; isso de acordo com o relatório “Agir agora para proteger o capital humano de nossas crianças: Os custos e a Resposta ao Impacto da pandemia da Covid- no Setor de Educação na América Latina e no Caribe”.
A parlamentar explicou que a pobreza de aprendizagem se caracteriza quando crianças com 10 anos de idade são incapazes de ler e entender um texto simples. “Esse percentual pode ter aumentado de 51% para 62,5% após a pandemia. Isso poderia ser equivalente a adicionar cerca de 7,6 milhões de crianças em idade escolar do ensino fundamental com pobreza de aprendizagem na região”, apontou.
Érika Amorim ponderou ainda que, com o avançar da vacinação e todo o esforço da comunidade escolar, as atividades de ensino presenciais estão sendo retomadas, mas é preciso atenção no estado dessas crianças e muito carinho durante esse acolhimento. “Qual foi o impacto emocional nessas crianças? Essa deve ser uma preocupação nossa, pois eles nunca vivenciaram algo parecido e tiveram que se adaptar. São crianças que passaram mais de um ano distante desse ambiente e do convívio social e podem apresentar dificuldades tanto na aprendizagem como no emocional”, alertou.
A deputada registrou também a visita realizada ao Instituto da Primeira Infância (Iprede), na última sexta-feira (12/11), para acompanhar o trabalho desenvolvido com crianças e famílias em situação de vulnerabilidade. “São mais de cinco mil famílias assistidas com alimentação diária garantida, graças ao empenho de profissionais dedicados, que, além dessa assistência, ainda desenvolvem projetos com essas famílias, como o Vida Maria, parceria entre as mães do instituto e alunos do curso de Estilismo e Moda da Faculdade Farias Brito”, elogiou.
Em aparte, a deputada Dra. Silvana (PL) disse que, em relação à educação durante a pandemia, houve um saldo positivo no que diz respeito aos pais estarem novamente ao lado dos filhos. “Houve uma maior aproximação dos pais ao lecionar, juntamente aos professores, que tanto se esforçaram do outro lado nessa adaptação. Acho que também foi a oportunidade de vermos o potencial do homeschooling e como ele pode ser essencial para muitas crianças”, salientou.
LA/AT