Na avaliação do deputado, se construiu uma campanha publicitária apontando a Previdência como um bode expiatório pelo déficit das contas públicas. “Analisando documentações da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Anfip), fica constatado que a contabilidade mostrada pelo Governo Federal para demonstrar o déficit na Previdência se baseia em conceitos inverídicos”, apontou Acrísio Sena.
De acordo com o parlamentar, a Previdência foi superavitária por 10 anos, de 2005 a 2015, tanto que o Governo retirava recursos da seguridade social para aplicar em outras áreas. “Houve uma enorme desaceleração da nossa economia que afetou as receitas das contribuições. Com a desvinculação de receitas da União e renúncias fiscais, ia chegar um momento que a situação da Previdência ficaria insustentável”, salientou.
Para Acrísio Sena, é importante que a população saiba de onde vão ser retirados os recursos que o Governo anuncia que vão ser economizados. “Esse R$ 1 trilhão que vai ser economizado não vai ser cobrado de sonegadores nem por meio de uma política austera de combate à fraudes, mas sim jogando o peso da reforma nas costas do trabalhador rural, das mulheres e dos servidores públicos”, lamentou.
Em aparte, o deputado Moisés Braz (PT) destacou a necessidade de se unificar os debates nas Casas Legislativas do País sobre a questão. “Não podemos permitir que esta Reforma, que promete economizar R$ 1 trilhão, penalize os mais pobres, aqueles que ganham até dois salários mínimos”, pontuou.
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