“O primeiro passo para a solução é o diálogo. O Legislativo pode ser o poder moderador, juntamente com as Câmaras municipais de Tabuleiro e de Alto Santo, podemos sentar à mesa para construir uma saída negociada”, defendeu. Conforme ele, a Câmara de Tabuleiro já sinalizou positivamente para debater o assunto.
Acrísio Sena destacou que recebeu relatório contendo 800 assinaturas, manifestando insatisfação com a decisão do Tribunal Regional Eleitoral, que procedeu a alteração em 2018, sem consultar a população. “A realidade é que historicamente o território pertence a Alto Santo, mas a história, os laços familiares, a sua vida social, política, econômica e cultural pertencem a Tabuleiro do Norte”, relatou.
O parlamentar disse que, em 1957, as duas cidades se emanciparam e tiveram limites definidos em legislação. “Foram enviados ao cartório de Tabuleiro do Norte, em vez de Alto Santo, e durante 50 anos as famílias habitadas nessa área tiveram raízes, laços afetivos, políticos e econômicos com Tabuleiro do Norte. Tanto que Alto Santo nunca as tratou como munícipes”, disse.
Acrísio Sena ressaltou que a alteração impacta, principalmente no Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e ressaltou o prejuízo para a população de Tabuleiro. “Como fica a saúde, o acompanhamento dos agentes comunitários de saúde, a manutenção do sistema de abastecimento, como será a permanência das crianças e adolescentes nas escolas, as políticas públicas se não há sequer acesso viável a Alto Santo?”, questionou.
Em aparte, o deputado Antônio Granja (PDT), Leonardo Pinheiro (PP) e Lucílvio Girão (PDT) enalteceram o assunto e defenderam uma solução para o problema. “São famílias que têm toda uma ligação com o município de Tabuleiro, embora pertença a Alto Santo”, lamentou, Antonio Granja, assegurando que o governador Camilo Santana “está disposto a colaborar no impasse”.
Leonardo Pinheiro (PP) se colocou à disposição para “dirimir, contribuir" para que a questão seja resolvida, sobretudo por envolver pontos importantes como a saúde. Já Lucílvio Girão (PP) citou a situação do Siqueira, cuja população não sabe se pertence a Fortaleza, Maranguape ou Maracanaú.
LS/AT