“O primeiro passo foi dado com a forma ilegítima como este governo se estabeleceu, depois vieram à tona as conversas de Sérgio Machado e Romero Jucá e agora o governo está se aproximando do Supremo Tribunal Federal (STF), com a indicação de Alexandre de Moraes”, afirmou Roseno.
Ainda de acordo com o deputado, a delação premiada dos 77 executivos da Odebrecht apenas expôs as vísceras de uma relação promíscua entre os capitais político e econômico do Brasil, que já ocorre há muito tempo.
“O modus operandi da política brasileira fica muito explícito nessa delação da Odebrecht, pois mudam os governos, mas os operadores políticos são sempre os mesmos, assim como as empreiteiras que realizam as grandes obras de infraestrutura do País”, salientou o parlamentar.
Na avaliação de Renato Roseno, no Brasil, há uma interdependência entre os setores financeiro e político. “As grandes empreiteiras e os bancos, ou seja a elite econômica, operam com parlamentares, que precisam de milhões para se manterem em suas posições de poder no Estado em uma troca permanente, não de favores, mas de uso mútuo”, criticou.
Em aparte, a deputada Rachel Marques (PT) lembrou que setores da população brasileira têm manifestado publicamente a insatisfação com a presença de Michel Temer na Presidência.
“Durante o carnaval, houve diversos protestos pelo País contra o governo golpista de Temer, que não tiveram a devida divulgação pela imprensa, mas refletem que a população brasileira defende a democracia, não reconhece este governo como legítimo e se opõe às propostas de retrocesso que têm sido apresentadas”, avaliou Rachel Marques.
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